Ponte da Amizade as escuras: Sistema de iluminação não funciona, alerta jornal

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A Ponte Internacional da Amizade (PIA) que liga as cidades de Foz do iguaçu (Brasil) e Ciudad del Este (Paraguai) está há muito tempo às escuras, denunciam usuários que cruzam a fronteira regularmente à noite.

Informa o La Clave que as únicas luzes que se veem à noite são as dos veículos, depois nada, dizem.

“Não sei dizer desde quando, mas não é algo de agora. Há muito tempo o sistema de iluminação desta ponte parou de funcionar. Se não fosse o fluxo constante de veículos, principalmente caminhões, carregados e vazios, saindo e entrando em nosso país, isso estaria totalmente escuro”, disse Ricardo Benítez, caminhoneiro de grande porte que atravessa regularmente a fronteira com carga.

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Lamento que, apesar de ser um símbolo em si, da união entre dois países, apresente uma imagem triste e sombria. “Não sei quem é a entidade responsável por cuidar dessas coisas, nem sei a quem pertence, se é Brasil ou Paraguai, mas algo tem que ser feito. Nessas condições, a viagem é perigosa”, acrescentou.

Essa etapa passou por obras de revitalização total em 2016. A obra exigiu um ano e seis meses de trabalho e um investimento de 10 milhões de reais, custo totalmente assumido pelo governo brasileiro e executado pelo consórcio CSO-Gaissler. Esta foi a última grande intervenção desde a sua habilitação na década de 60.

Detalhes

Em 2016, além da parte estética, mudanças na cerca de proteção interna e externa, pintura, a ponte passou por uma reforma na estrutura, foram corrigidas trincas e quebradas 50 placas de 2,50 metros cada, que posteriormente foram preenchidas com concreto.

Nas laterais da ponte foi colocada uma estrutura metálica que serve de base para a colocação da cobertura que hoje cobre os pedestres, protegendo-os do sol e da chuva, sem perder o acesso visual ao rio e toda a região ao redor.

Com esta intervenção, foi possível acabar com os casos de suicídios a partir desta etapa. Por esta passagem circulam diariamente cerca de 20.000 motos, 42.000 veículos e 83.000 pessoas. Tem 552,40 metros de extensão e 303 metros de vão livre, o maior do mundo em concreto armado, com 13,50 metros de largura e 78 metros de altura. A manutenção fica a cargo da Diretoria Nacional de Rodovias e Filmagens do Brasil (DNIT).

Particularidade

Esta grande obra foi inaugurada duas vezes. A primeira foi registrada em setembro de 1961, com a presença dos presidentes Juscelino Kubitschek (Brasil) e Alfredo Stroessner (Paraguai). O ato foi simbólico e ficou registrado após a união dos arcos.

A segunda posse, a oficial, foi em 27 de março de 1965 com a presença dos presidentes Alfredo Stroessner pelo Paraguai e Humberto Alencar Castelo Branco, pelo Brasil na época.

A estrutura e todo o material metálico para a construção foram trazidos das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Somente para a elaboração do arco de sustentação da obra, a Compañía Siderúrgica Nacional do Brasil montou uma estrutura metálica de 1.200 toneladas.

Foram utilizadas cerca de 14 mil toneladas de cimento sobre mais de 2,9 mil toneladas de aço. Foram consumidas 50 toneladas de pregos produzidos por 20 fábricas nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina. Mais de mil homens vieram trabalhar no local.

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