Ato em Ciudad del Este pediu a retomada econômica
A semana começou sem uma perspectiva de reabertura das fronteiras do Paraguai, especialmente a Ponte Internacional da Amizade, que liga Foz do Iguaçu (Brasil) à Ciudad del Este. Na tarde de domingo (07), a população protagonizou uma carreata que interditou o centro comercial próximo a zona aduaneira, pedindo a reativação econômica em áreas de fronteira do país.
O presidente Mario Abdo Benítez (Marito) comentou nesta segunda-feira (08) os atos dos últimos dias, que pedem a reabertura das fronteiras do Paraguai. De acordo com Marito, não existe condições para “dar luz verde” ao pedido, enquanto não houver um controle na disseminação dos casos de Covid-19 em países vizinhos, como o Brasil.
Ciudad del Este pede a reativação da economia
“Os moradores das cidades fronteiriças, principalmente as áreas próximas ao Brasil, estão recebendo o maior impacto em termos econômicos porque vivem da compra, do turismo e do mercado brasileiro”, disse Marito. “Sei que eles estão passando por um momento difícil e estão se mobilizando para a reabertura das fronteiras e eu os entendo”, frisou.
As declarações, de acordo com o La Nacion, foram durante evento no departamento de Concepción, onde ele entregou várias obras. Marito explicou que 80% dos casos com resultado positivo para o coronavírus no país foram registrados em abrigos do Poder Executivo, usados na quarentena dos paraguaios que retornaram do exterior.
“Peço a compreensão e até mesmo desculpas, mas não poderemos abrir as fronteiras até que a propagação do vírus esteja controlada em países irmãos e vizinhos, que estão em dificuldades, porque todo o esforço que está sendo feito aqui pode ser perdido se permitirmos a abertura das fronteiras”, disse o presidente.
Ele pediu aos cidadãos, principalmente os que estão envolvidos no comércio, que ao realizarem protestos, respeitem o protocolo sanitário, a fim de evitar maiores riscos. “Peço que vocês façam manifestações pacíficas e que respeitem os protocolos de saúde”.
“Respeitamos as manifestações, somos democratas, mas uma grande responsabilidade recai sobre nossos ombros e escolhemos, desde o início, cuidar da vida de nossos compatriotas”, completou.
Ronildo Pimentel
GDia