A Ponte da Integração Paraguai-Brasil, que está sendo construída com financiamento de ITAIPU, foi testada na terça-feira, 29 de novembro, durante um minucioso teste dinâmico de carga que avaliou a resistência da estrutura que suportará o intenso tráfego de veículos na nova passagem de fronteira, a ser inaugurada em breve. O diretor-geral paraguaio da Binacional, Manuel María Cáceres, acompanhou o procedimento.
Durante a operação, foram utilizados seis caminhões (carregados com brita e água), pesando 27 toneladas cada um, distribuídos em uma área de 7×36 metros, que faziam o percurso pelo tabuleiro da ponte em diferentes velocidades (20, 40 e 60km/h). Da mesma forma, foram instalados no local equipamentos de medição de alta precisão, com os quais foram verificadas as deformações verticais, após a aplicação das cargas em cada ponto de controle.
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Os medidores incluem células de carga, uma instalada no topo de cada um dos 116 tensores e a 180 metros de altura, com as quais se avalia a resistência dos tirantes. Além disso, extensômetros, inclinômetros, acelerômetros e medidores de deslocamento foram utilizados para realizar a tarefa.
“Os testes de carga são um marco na parte culminante das obras da Ponte da Integração”, explica o engenheiro Fernando Barúa, gerente do Departamento de Obras e Manutenção da Superintendência de Obras e Desenvolvimento de ITAIPU, Margem Direita.
“Por um lado, temos a ponte já construída e, por outro, temos a carga de projeto, que nos é dada pela calculadora na fase de projeto (empreiteira). Com esses dois elementos é desenhado o teste de carga”, disse.
O Eng. Barúa especificou que a estrutura é submetida a comboios de carga viva que simulam as condições de carga mais severas que a ponte irá sofrer, e com diferentes sensores instalados em diferentes elementos. “São avaliados os efeitos das cargas na estrutura, como tensões, deformações, inclinações, entre outras, e por fim. é emitido um relatório de desempenho de toda a estrutura”, acrescentou.
Entre outros pontos, especificou que a ponte foi dimensionada para suportar 500 quilogramas/força por metro quadrado e a carga real a que foi submetida é de 670 quilos por metro quadrado, o que permite avaliar o fator de segurança da estrutura, através de ensaios de carga dinâmica .
“Com esses procedimentos vamos garantir que a ponte atenda aos padrões de qualidade e confiabilidade para os quais foi projetada, verificando o desempenho da estrutura real”, enfatizou.