As polícias do Paraná desativaram nesta sexta-feira (25) um porto clandestino utilizado como ponto estratégico para o tráfico internacional de drogas em Guaíra, na fronteira com o Paraguai. A ação faz parte da Missão Paraná e contou com o apoio da Polícia Federal. A iniciativa é coordenada pela secretaria estadual da Segurança Pública (SESP) e promove operações conjuntas das forças de segurança. Foram usadas cargas explosivas controladas, garantindo a segurança do entorno durante a detonação.
A estrutura funcionava como local de recepção e escoamento de entorpecentes, sendo considerada uma das principais rotas logísticas do crime organizado. A demolição visa impedir a reutilização do ponto por criminosos e reforçar o combate qualificado à criminalidade na região de fronteira.
“Essa operação mostra a efetividade da nossa estratégia. Estamos agindo com inteligência e força integrada para neutralizar pontos críticos utilizados por organizações criminosas”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Hudson Teixeira. “A Missão Paraná consolida a presença do Estado com ações concretas e resultados expressivos”, completou.
A operação mobilizou o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar do Paraná (PMPR), além do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), da Polícia Civil do Paraná (PCPR). A Polícia Federal, por meio do Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom), atuou como ponto de apoio e coordenação.
De acordo com o Centro de Análise, Planejamento e Estatística (Cape) da SESP, o volume de drogas apreendidas na região de fronteira aumentou significativamente. No primeiro semestre de 2025, foram 349,8 toneladas, alta de 43,78% em relação às 243,2 toneladas registradas no mesmo período de 2024.
COMBATE AO TRÁFICO
Mais de um terço de todas apreensões drogas no Brasil no ano passado foram feitas no Paraná. Segundo o Anuário de Segurança Pública, publicado nesta quinta-feira (24) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Estado respondeu por 36,5% das apreensões de maconha e cocaína no País em 2024. Foram 769,4 mil kg de entorpecentes (769 toneladas) retirados de circulação do Estado, tanto pelas forças de segurança estaduais (Polícia Militar e Polícia Civil), quanto pelas forças federais. Em todo o País foram retiradas de circulação cerca de 2,1 milhões de quilos de drogas.
Líder no País em combate ao tráfico, o Estado foi responsável, ainda, por 89,7% das drogas apreendidas na região Sul, sendo o único na região a aumentar os índices em todos os recortes incluídos no levantamento. O Mato Grosso do Sul, que é o segundo estado com o maior número de apreensões no Brasil, recolheu 726 mil kg de entorpecentes, 43 mil kg a menos que o Paraná.
2025
Em 2025, de acordo com o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp), as apreensões continuam altas. Já foram apreendidas 271 mil kg apenas no primeiro semestre, apenas 11 mil quilos a menos do que o Mato Grosso do Sul.
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