Posse de Verri na Itaipu será na segunda metade de fevereiro com presença de Lula

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Presidente já confirmou presença na solenidade; Deputado federal deverá renunciar após aprovação de seu nome pelo Conselho de Administração da binacional

Destaca o GDia que a posse do deputado federal Enio Verri (PT-PR), como diretor-geral brasileiro da Itaipu deve ocorrer na segunda metade de fevereiro e está atrelada a dois fatores: a aprovação de seu nome pelo Conselho de Administração da empresa binacional e a disponibilidade de agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após isso, ele deverá renunciar ao mandato. Enio Verri foi escolhido no final de janeiro para a missão e terá como principal desafio a revisão do anexo C do tratado da usina que começam em agosto próximo, quando termina, e devem se estender por um ano.

A data exata para a posse do Enio Verri ainda não foi definida, informou a assessoria do parlamentar, por que “depende dos preparativos burocráticos envolvendo o Conselho de Administração de Itaipu e também da agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já confirmou presença na posse”. O procedimento, segundo a resposta, “deverá acontecer ainda neste mês de fevereiro, na segunda quinzena”, reforçou a assessoria.

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Em entrevista à CBN Maringá, o novo DGB da Itaipu diz que as negociações do anexo C do tratado da usina começam em agosto, no aniversário de 50 anos do tratado, e devem se estender por um ano. Enio Verri destacou que binacional representa 8,5% da produção de eletricidade do Brasil e acrescentou que “110 milhões de brasileiros dependem da energia produzida” pela usina. Ele indicou que a empresa, em conjunto com o Paraguai, representa um bom preço em energia, porque não visa o lucro.

Verri lembrou que o Paraguai não usará toda a sua energia até 2032 ou 2033, e que o importante para o Brasil é continuar comprando esse excedente a um preço fixo, sem depender das oscilações do mercado, para abastecer a população brasileira. “Um bom acordo é por dez anos, porque em dez anos, com a inovação tecnológica, as coisas mudam muito, e aí podemos analisar a renovação dos acordos”, destacou.

Na avaliação de Verri, a Itaipu tem um papel fundamental para o desenvolvimento da indústria brasileira e, principalmente, para o Paraná. “A entidade tem a obrigação de gerar energia a um preço ótimo, mas também de investir nos municípios vizinhos, e na região, nas questões ambientais”. Ele recordou que a Itaipu está investindo recursos em obras de infraestrutura em Foz do Iguaçu e região Oeste do Estado. “(A empresa) tem um peso político e econômico muito grande na lógica do Paraná, porque sua capacidade de investimento é muito grande”.

Dívida zero

O novo DGB lembrou que a última parcela da dívida de Itaipu será paga em 28 de fevereiro. “Teremos que iniciar uma renegociação. O Paraguai vai querer continuar vendendo energia excedente para o Brasil ou vai colocar no mercado?”, indagou. Verri destacou que as negociações começarão no segundo semestre, a partir de agosto, com muito cuidado, “para que os direitos dos povos paraguaio e brasileiro sejam respeitados” e que a energia seja disponibilizada a um preço adequado.

A imprensa paraguaia lembra que o Brasil busca baixar a tarifa ao mínimo, amparado no Anexo C. Além disso, já determinou uma tarifa provisória de USD 12,67 kW/mês, número que representa uma queda de 38,9% em relação à tarifa de 2022, que foi de USD 20,75 kW/mês. Por sua vez, o Paraguai busca uma tarifa a mais alta possível, considerando que não utiliza toda a sua parcela da geração, e que se beneficia do pagamento brasileiro pelo excedente de energia.

As autoridades paraguaias de Itaipu, informa o Última Hora, também afirmaram que a comunicação antecipada feita pela margem esquerda “obedece às estimativas feitas por sua equipe técnica com base na redução da dívida, contemplada no Anexo C do Tratado, mas ainda não há definição”.

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