Potência feminina na décima terceira edição de “Às vezes, aos domingos”

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No dia 30 de maio, Daiana Pasquim e Salma Ferraz participam da décima terceira edição de “Às vezes, aos domingos”. O encontro acontece a partir das 17 horas no Instagram @daianapasquim. Seguindo o modelo da proposta criada por Guido Viaro e Marcio Renato dos Santos, as escritoras vão se entrevistar e ler textos autorais.

Salma e Daiana se conhecem há quase uma década. Com mais precisão, em agosto de 2012, Daiana, então estudante do curso de Letras, na Universidade Federal de Santa Catarina, entrevistou Salma, experiência traduzida no texto “Ela é o livro”. 

Nas férias daquele ano, 2012, Daiana, seu marido e o filho do casal passaram um fim de semana em Florianópolis com Salma e, ciceroneados por ela, conheceram os pontos turísticos da capital catarinense. “Ouvimos histórias curiosas de uma observadora peculiar”, conta.

A partir de então, as duas passaram a dialogar intensamente. “Comecei a receber, pelo correio, os livros dela, sempre autografados. Pude propagar a sua literatura com os meus alunos, explorando alguns contos em sala de aula nos ensinos fundamental e médio”, diz Daiana, paranaense de Mandaguari, radicada desde o ano 2000 em Pato Branco, no Sudoeste do Estado.

Jornalista, Daiana é licenciada em Letras Português e Literaturas em Língua Portuguesa na UFSC, possui especialização em Planejamento e Gestão de Negócios pela FAE Business School e mestrado em Letras defendido na UTFPR, em Pato Branco.

Daiana está, em alguma medida, ansiosa em relação à décima terceira edição de “Às vezes, aos domingos”. “Tenho muita expectativa quanto ao olhar que a escritora-professora vai lançar para a aluna-escritora”, diz.

Teopoética e ficção

Salma Ferraz diz que trabalhar (e conviver) com quem se gosta é privilégio – “Na universidade isso nem sempre é possível” –, mas, continua Salma, “falar com a Daiana vai ser uma experiência maravilhosa”. 

“Vai ser de escritora para escritora, de mulher para mulher, de amiga para a amiga”, afirma Salma, sobre a sua expectativa de participar da décima terceira edição de “Às vezes, aos domingos”.

Paranaense de Ibaiti, radicada há em Urubici, região serrana de Santa Catarina, a professora aposentada da UFSC tem a impressão de que “Às vezes, aos domingos” vai ser, a partir das 17 horas no dia 30 de maio, um encontro sem a rigidez britânica, e sim uma sobremesa, um chá das 5 delicioso, elegante e culto. 

“Sabe, por mais que a gente leia, acabamos ficando isolados, sem ter com quem conversar sobre literatura. Então, esse encontro vai ser um bate-papo maravilhoso, com uma escritora maravilhosa e, além de tudo, minha amiga”, acrescenta Salma.

Autora de 30 livros, 6 deles de ficção e os demais sobre crítica literária, Salma diz que a sua escrita de não ficção está vinculada à teologia. “Durante o meu percurso acadêmico, trabalhei com a teopoética. Faço a análise da Bíblia do ponto de vista literário, por exemplo: como personagens, entre os quais Maria Madalena, Jesus e o diabo, saíram do contexto teológico e moldaram a ideia do ocidente”, explica a autora, entre outros títulos, do Dicionário de personagens da obra de José Saramago (não ficção) e O ateu ambulante (ficção).

Leitura de Ouvido

Em 3 de março do ano 2020, Diana Pasquim e Lucas Piaceski publicaram a primeira experiência de Leitura de Ouvido. Era uma sexta-feira e, desde então, toda sexta eles disponibilizam um novo conteúdo inédito, gratuitamente. 

“Já são mais de mil horas de áudio dramas com sonorização cinematográfica. Até hoje foram 28 mil inicializações, de 5.3k ouvintes em 25 países e mais um índice de países não identificados”, conta Daiana.

Leitura de Ouvido é, na definição de Daiana, o podcast que transforma linhas de obras literárias, de autores de todo o mundo, em ondas sonoras. 

“Bancado do nosso próprio bolso desde a criação, inserimos o projeto no financiamento coletivo”, informa Daiana, indicando o link em que os interessados podem contribuir para a ampliação do projeto: https://www.apoia.se/leituradeouvido 

Salma Ferraz analisa que mesmo uma pessoa sem conhecimento literário pode, por meio do projeto Leitura de Ouvido, ter acesso à literatura. “Inclusive, a proposta viabiliza acesso [literário] a quem tem limitação visual”, diz Salma, que teve o seu conto, “A ceia dos mortos”, transformado em conteúdo sonoro no projeto da Daiana Pasquim (narradora) e do Lucas Piaceski (produtor). 

“Um filme tem a sua magia, mas traz todo o conteúdo pronto. O teatro também. Mas você ouvir a narrativa te faz ouvir, ver as coisas e viajar”, comenta Salma, ressaltando que, quando escutou o seu conto “A ceia dos mortos”, sentiu um grande impacto. “Quero ouvir outros conteúdos. Esse projeto, Leitura de Ouvido, é maravilhoso”, acrescenta. 

Palco virtual para a prosa e a poesia do Paraná

Oscar Nakasato, Jaqueline Conte, Paulo Venturelli, Andréia Carvalho Gavita, Carlos Machado, Jô Bibas, Luiz Felipe Leprevost, Jonatan Silva, João Lucas Dusi, Etel Frota, Alvaro Posselt, Francine Cruz, Alexandre Gaioto, Roberto Nicolato, Eliege Pepler, Fabiano Vianna, Marianna Camargo, Fábio Campana, Ernani Buchmann e Otto Leopoldo Winck são alguns dos autores que participaram de “Às vezes, aos domingos”.

Soma de Ideias, Tulipas Negras e Coalhada Artesanal Preciosa são as empresas apoiadoras da iniciativa, de Guido Viaro e Marcio Renato dos Santos, que  tem a finalidade de promover palco virtual para autores paranaenses durante a pandemia.

Mais informações no Instagram @somadeideias e em tulipasnegraseditora.blogspot.com

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