Prefeito dá ultimato às empresas do transporte coletivo de Foz do Iguaçu

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Greve dos trabalhadores chega ao terceiro dia; Categoria cobra salários atrasados, reposição salarial e cestas básicas

O prefeito Chico Brasileiro (PSD) deu um prazo de 48 horas às empresas do Consórcio Sorriso a colocar os ônibus de transporte coletivo em circulação – nesse caso saldar com os direitos trabalhistas da categoria que está em greve há dois dias em Foz do Iguaçu. “Vamos dar um prazo de 48 horas. Ou eles regularizam, ou o poder público vai tomar as medidas que o jurídico encaminhar”, disse.

Os trabalhadores do transporte coletivo cruzaram os braços desde terça-feira (9), devido ao atraso nos salários, na entrega de cesta básicas e renovação dos acordos coletivos do trabalho (ACT) dos últimos dois anos. A mobilização, segundo o sindicato da categoria,  é uma continuação da greve, suspensa dia 1º de julho, após acordo mediado pela Justiça do Trabalho.

De acordo com Chico Brasileiro, a decisão pelo ultimato veio após reuniões com o departamento jurídico e o Foztrans. “Estamos tentando ver as alternativas, aquilo que temos que fazer de ação imediata, agora”, ressaltou na entrevista à Rádio Cultura. O prefeito disse ainda que o Ministério do Trabalho também tenta costurar um acordo para voltar o serviço.

“Tem o caminho judicial e tem o caminho administrativo judicial. A Justiça provavelmente vai decidir sobre isso porque não estamos tratando de nenhuma reivindicação, estamos tratando de direito básico do trabalhador, que é receber seu salário”, frisou. Chico Brasileiro lembrou que, segundo a categoria, uma empresa tem cumprido com parte das obrigações enquanto outras não.

Dúvida

O prefeito disse que é difícil entender como no mesmo consórcio, uma empresa paga e a outra não. “Tem algo errado com uma empresa. Esse é um ponto, o segundo é a gestão que tem que dar prazos para, quando você tem um contrato, tudo tem que ter aquele prazo, orientado pela Procuradoria do Município”.

A orientação recebida, adiantou o prefeito, foi notificar o consórcio e o prazo de 48 para regularizarem o serviço. “Primeiro você tem que oficiar a empresa que tem um contrato e se essa empresa não cumprir, o município vai ter que tomar alguma atitude”, informou o prefeito.

“Por isso que ficamos amarrados aos prazos do poder público. Não se pode agir simplesmente e fazer qualquer ação sem pensar na questão jurídica”. A paralisação foi definida pela categoria porque as empresas não teriam cumprido o acordo de reposição salarial das perdas em 2020, disse o sindicato.

Dificuldades

A categoria está com o salário de outubro em atraso. O pagamento era para ter ocorrido na sexta-feira (5), no entanto os depósitos corresponderam a 30% dos valores, informou o presidente Dilto Vitorassi. Os rodoviários cobram também a renovação dos acordos trabalhistas – ACT 2020/2021 e ACT 2021/2022.

Em relação ao vale alimentação, o sindicato informou que há um ano e meio duas empresas (Viação Cidade Verde e Expresso Vale do Iguaçu) deixaram de pagar o benefício no valor de R$ 506. A Transporte Urbano Balan tem pago um terço do valor nesse período.

Apesar do sindicato orientar a categoria a manter o serviço nos horários de pico (manhã, meio dia e fim de tarde), alguns motoristas e cobradores decidiram radicalizar. Ontem eles paralisaram após as 7h e só retornariam às 17h por um curto horário. As empresas alegam dificuldades, pois a prefeitura teria vetado ainda em setembro o reajuste de cerca dr 30% da tarifa da passagem.

As informações são do GDia