O prefeito Chico Brasileiro (PSD) encaminhou à Câmara de Vereadores projeto de lei que prevê a a venda de ações do Centro Internacional de Convenções ao Governo do Estado. Os recursos, segundo o prefeito, serão utilizados prioritariamente na construção do centro cívico, conjunto de prédios que vão centralizar toda a estrutura da administração pública municipal, hoje espalhada em diversos pontos de Foz do Iguaçu.
“A prefeitura já enviou para a Câmara as informações necessárias para aprovação da proposta que trata da venda de ações. Com isso, o Estado passa a ser o sócio majoritário”, disse Chico Brasileiro, ao participar da assinatura do convênio para o museu francês Georges Pompidou, em frente ao centro de convenções. “O estado já manifestou oficialmente interesse em adquirir a maioria das ações”, ressaltou o prefeito, destacando a articulação do secretário de Turismo do Paraná, o deputado Márcio Nunes.
De acordo com Chico Brasileiro, o Centro de Convenções faz parte da estratégia do governo estadual em ampliar os investimentos no turismo de Foz do Iguaçu. “É mais um investimento, porque o Estado tem condições, capacidade técnica de fazer todo o aprimoramento necessário para que o centro de convenções entre na nova era com a duplicação da BR-469 (Rodovia das Cataratas), Museu Pompidou, Aquário, Aeroporto, Parque Nacional, ou seja, será uma grande região de desenvolvimento”.
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Pela proposta, o Estado compra as ações “pelo valor patrimonial” atualizado pelo mercado hoje, de acordo com avaliações. “(Um mínimo de) três avaliações ou avaliações oficiais do Banco do Brasil, Caixa Econômica. Encontrar o valor patrimonial, de mercado, achando esse valor o Estado compra as ações, ficará majoritário no centro de convenções e autorizado a fazer os investimentos necessários na estrutura”.
Centro Cívico
Chico Brasileiro adiantou que os recursos da venda das ações serão investidos prioritariamente na construção do Centro Cívico de Foz do Iguaçu. “Encaminhamos este projeto para a Câmara com esse objetivo, para que a gente possa realmente dar início às obras no conjunto de edifícios para abrigar os órgãos relacionados à gestão pública”. O município, segundo o prefeito, tem um terreno que foi cedido pela União.
“Foz do Iguaçu tem prazo para que possa iniciar as obras”, disse. Para isso, a prefeitura precisa abrir as vias que darão acesso até o local. “Abrir (o prolongamento da Avenida) Pedro Basso até a área onde vai ser feito o novo Centro Cívico. Abrir a extensão da Avenida Portugal, ou seja, duas avenidas que vão ser abertas e também começar já o básico para que a obra seja iniciada, temos assegurado de que não será mais um sonho, será algo real para a posse (do terreno)”, completou Chico Brasileiro.
A portaria da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), de doação do imóvel para o futuro Centro Cívico de Foz do Iguaçu, foi publicada pelo governo federal no Diário Oficial da União em novembro do ano passado. A área, de 57 mil metros quadrados, está localizada entre a sede da Polícia Federal e o Porto Seco às margens da BR-277 e terá aproximadamente 28 mil metros quadrados de área construída, com um investimento estimado em cerca de R$ 60 milhões.