CCZ e fiscais da Secretaria da Fazenda encontraram muita sujeira, entulhos e larvas do mosquito da dengue em um hotel desativado, na região central da cidade
Mesmo diante do cenário de epidemia de dengue, com mais de 18 mil notificações e 1.291 casos confirmados da doença, ainda assim muitos proprietários seguem descumprindo a legislação municipal, que determina a limpeza e a manutenção de quintais, terrenos e edificações.
Em apenas uma vistoria, realizada na manhã desta segunda-feira (27) por equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e fiscais da Secretaria da Fazenda, uma série de irregularidades foram encontradas, como mato alto, entulhos, muita sujeira e água parada com centenas de larvas do mosquito da dengue. A situação foi verificada em um hotel desativado na região central da cidade, alvo de constantes denúncias por parte da população via central 156 e aplicativo eOuve, da Prefeitura de Foz do Iguaçu.
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“É uma situação lamentável diante do que vivemos. Todos sabem que estamos em epidemia de dengue, com pessoas doentes, internadas em estado grave, e quando nos deparamos com uma situação dessas, ficamos realmente preocupados, porque o descaso é grande. É um desrespeito e um risco à saúde pública”, comentou o chefe da fiscalização José Roberto Ferreira.
De acordo com ele, o proprietário do imóvel será autuado com penalidade máxima de 100 unidades fiscais, o equivalente a R$ 10.772,00. “Encontramos vários depósitos com larvas do mosquito, numa quantidade em excesso, uma enorme criação de mosquitos. Pelo tamanho da situação e por este proprietário ser reincidente, a penalidade é máxima”, explicou.
A multa direta, sem notificação anterior, está prevista no Decreto nº 31.240, publicado no dia 15 deste mês, que instaurou Situação de Emergência no município devido à epidemia de dengue e alerta da introdução da Chikungunya.
O decreto notifica todos os proprietários de imóveis a cumprir o Código de Posturas e manter limpos os quintais, terrenos e edificações, retirando todo o mato, lixo e materiais que acumulem água e possibilitam a criação do Aedes aegypti.
Na tarde de hoje, as equipes do CCZ e da Fazenda seguirão com vistorias e fiscalização a imóveis abandonados/desativados. Um deles será o prédio da antiga Asserpi.
Operação
A fiscalização da prefeitura ganhou um reforço com o uso de drone, que hoje possibilitou a identificação de uma caixa d’água aberta – também servindo de criadouro do mosquito. Os aparelhos estão sendo utilizados também para a verificação de terrenos murados e demais imóveis abandonados de difícil acesso das equipes.
A força tarefa da prefeitura segue com diversas ações, desde mutirões nos bairros, intensificação das visitas ambientais pelos agentes de endemias, busca ativa de pessoas com sintomas da doença pelos agentes comunitários de saúde, reforço nas roçadas e colocação de caçambas para descarte de entulhos, além da fiscalização que foi reforçada em toda a cidade.