Trabalho conjunto entre o Poder Público e a população visa eliminar criadouros do mosquito e minimizar os efeitos de uma nova epidemia na cidade; Foz já possui 158 casos confirmados de dengue
A Prefeitura de Foz do Iguaçu já está mobilizada com as novas ações de combate à dengue e organiza um cronograma de atividades para 2024 com o objetivo de eliminar o maior número de criadouros do mosquito e evitar o aumento de casos da doença.
O primeiro mutirão, com o apoio de diversas secretarias municipais, acontecerá de 22 a 26 de janeiro na região Nordeste da cidade (Três Lagoas). Antes disso, no sábado (20), a prefeitura fará uma reunião com lideranças comunitárias para fortalecer o apoio dos moradores nas ações.
A organização do mutirão foi debatida nesta segunda-feira (15), na sede da Vigilância em Saúde, durante a primeira reunião do ano do Comitê Municipal de Combate à Dengue. Na ocasião, também foram apresentados dados do novo ano epidemiológico da dengue, que já soma 5.248 notificações e 158 casos confirmados da doença, além de números sobre os atendimentos na saúde e as novas tecnologias de combate ao mosquito, que devem ser implantadas este ano pelo Ministério da Saúde. Os casos de Chikungunya somam 200 notificações e 36 confirmados residentes em Foz.
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Mobilização
Para o mutirão, os trabalhos serão concentrados na eliminação dos criadouros do mosquito – que estão principalmente dentro das casas, na orientação aos moradores, na limpeza de terrenos e recolhimento de entulhos, além da fiscalização que será intensificada pela Secretaria da Fazenda.
Durante a reunião, o prefeito Chico Brasileiro destacou a importância de uma mobilização coletiva, envolvendo Poder Publico e sociedade. “Todas as secretarias da Prefeitura estão envolvidas neste trabalho, mas acima de tudo, precisamos do apoio da população. A gente não vai vencer a dengue somente com as nossas ações, mas com o apoio da população, que é fundamental”, reforçou. “O número de casos confirmados já é preocupante e precisamos de uma ação coletiva. 80% dos criadouros estão dentro das casas, então é fundamental que o trabalho de limpeza e conscientização comece agora”, afirmou o prefeito.
De acordo com a chefe do CCZ, Renata Defante Lopes, a escolha pela região Nordeste da cidade para receber o primeiro mutirão de 2024 está baseado no Mapa de Calor, que aponta um crescente número de casos da doença e alto índice de infestação do mosquito.
“A região de Três Lagoas tem acendido um alerta e demanda uma atividade mais específica. A proposta de montar uma mobilização nesta região deve-se ao crescente número de casos da doença. Vamos atuar na retirada da maior quantidade possível de criadouros de larvas do mosquito e com a participação das demais secretarias, teremos bota fora com a instalação de caçambas, roçadas em terrenos e uma maior fiscalização”, explicou.
Dados
Somente em 2023, a Secretaria da Fazenda aplicou 1.077 multas a proprietários de terrenos e imóveis sujos ou com criadouros do mosquito. As infrações somam cerca de R$ 2,9 milhões.
Nos últimos 30 dias, as unidades básicas de saúde e unidades de pronto atendimento (UPA João Samek e Padre Italo) realizaram mais de 80 mil atendimentos. Deste total, 1.534 foram de pessoas com suspeita ou confirmação da doença. Quase 10% destes atendimentos são de pessoas residentes em outros municípios. Do total de casos, 84,4% foram registrados em adultos e 15,6% em crianças.