Prisão de Tuta, membro do PCC, destaca urgência na aprovação da PEC da Segurança em Foz do Iguaçu

"Tuta" foi preso na Bolívia e encontra-se agora na Penitenciária Federal em Brasília

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou, nesta segunda-feira (19), que a prisão de Marcos Roberto de Almeida, conhecido como “Tuta”, membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), ressalta a necessidade de alinhamento entre forças de segurança locais, nacionais e internacionais.

A afirmação foi feita em meio à expectativa de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança pelo Legislativo.

“Tuta” foi preso na Bolívia e, após ser expulso, encontra-se agora na Penitenciária Federal em Brasília. O ministro considera a atuação das autoridades bolivianas e brasileiras um exemplo de sucesso na luta contra o crime organizado.

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A prisão e as circunstâncias

Marcos Roberto de Almeida foi detido na última sexta-feira (16) ao tentar regularizar sua situação migratória na Bolívia, apresentando um documento falso. As autoridades locais descobriram a falsidade e acionaram a Interpol, levando à sua rápida prisão.

Lewandowski classifica essa operação como uma “vitória importante” contra o crime organizado no Brasil. “O governo brasileiro teve uma vitória muito importante ao prender este delinquente de alta periculosidade ligado a uma facção criminosa”, disse.

Entrosamento das forças de segurança

O ministro destacou a relevância da integração entre as forças de segurança locais e federais. Para Lewandowski, o sucesso na prisão de “Tuta” demonstra a eficácia das ações colaborativas. “O que almejamos com a PEC da segurança que está tramitando no Congresso Nacional”, complementou.

Ele ressaltou que crimes hoje são cada vez mais globais, exigindo um combate coordenado. “Contamos com um grande leque de cooperação internacional”, enfatizou.

Eixos da operação de captura

Na coletiva, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, apresentou três eixos que foram fundamentais para a operação. O primeiro é a cooperação internacional, com representação da PF em diversos países, incluindo a Bolívia.

“Isso permite uma rápida interação com as autoridades bolivianas, identificando falsidades documentais”, destacou Rodrigues. O segundo eixo é a identificação biométrica, que possibilita a confirmação quase imediata da identidade dos indivíduos.

Papel da Interpol na operação

O secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, caracterizou a prisão como “complexa e sensível”, mas com um desfecho rápido.

Urquiza pontuou que “Tuta” já constava nos bancos de dados desde 2020.

“O intercâmbio de informações de biometria foi extremamente necessário para a correta identificação”, explicou Urquiza. Ele ressaltou a importância do hub biométrico da Interpol, onde estão armazenados dados de foragidos internacionais.

Urquiza concluiu explicando que a integração das ações policiais é essencial para combater organizações criminosas que atuam em múltiplos países da América do Sul.

@fozdiario