Projeto da UNILA cadastra ações para estimular o cuidado de áreas verdes na Tríplice Fronteira

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A primeira etapa é a aplicação de um questionário online para identificar ações e iniciativas desenvolvidas na região

Desenvolvido pela docente Ana Alice Eleutério, do curso de Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar da UNILA, o projeto pretende identificar ações e iniciativas de cuidados de áreas verdes da região da Tríplice Fronteira. Esses espaços podem ser de natureza pública, como praças, parques, rios e arborização urbana; e também de natureza privada, como o caso de hortas comunitárias localizadas em terrenos baldios ou áreas localizadas em condomínios residenciais. A primeira etapa do projeto é a aplicação de um questionário online, que pode ser respondido por moradores de Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú. A expectativa inicial é que, a partir desse levantamento de informações, seja possível identificar os espaços e também as ações existentes na região para, então, apoiar a troca de ideias e de conhecimento entre elas.

A pesquisadora que está liderando o projeto, Ana Alice Eleutério, é bióloga com formação na área de Ecologia. Na UNILA, ela vem desenvolvendo projetos nessa área desde 2014, atuando também no curso de pós-graduação em Biodiversidade Neotropical. Atualmente, a pesquisadora tem se dedicado a projetos relacionados à distribuição de áreas verdes em Foz do Iguaçu. Ela denomina esses espaços de “infraestrutura verde-urbana”, que pode ser entendida como todos os elementos relacionados às áreas verdes existentes: arborização urbana, recursos hídricos vinculados a esses elementos e até mesmo terrenos ociosos que podem ser considerados infraestrutura verde. Também participam do projeto, o estudante de iniciação científica Lucas Magno, do curso de Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar; e um pesquisador colaborador argentino, Jonathan Von Below, que integra o Instituto de Biologia Subtropical de Puerto Iguazú.

O formulário, disponível em português (bit.ly/areaverdeTF-pt) e espanhol (bit.ly/areaverdeTF-esp), direciona o participante a responder questões específicas, a partir do momento em que ele se identifica ou não como já participante de iniciativas de cuidados voluntários em áreas verdes no município. A pesquisadora explica que a ideia inicial era entender a motivação das pessoas que se envolvem em atividades dessa natureza, onde estão essas áreas, o que é realizado, se existe algum tipo de apoio e de financiamento. “Futuramente, a proposta é criar um espaço de troca de conhecimento sobre os cuidados com esses locais; reunir as pessoas que eventualmente queiram participar de ações integradas, de forma a promover o diálogo para que cada uma fale um pouco do que faz; e construir ações conjuntas do ponto de vista municipal e também ampliando o contexto para a Tríplice Fronteira”, explica.

Mesmo quem não participa ativamente de alguma atividade pode colaborar, por meio do formulário, indicando alguma iniciativa ou pessoas que realizem algo dessa natureza. A pesquisadora propõe que, ao final do questionário, o participante identifique se deseja participar de outras fases do projeto. “Neste momento, faremos entrevistas para entender a motivação das pessoas, por que elas fazem aquilo, de onde vem a ideia, entender um pouco do histórico das iniciativas, como se dá a construção coletiva e, mais adiante, promover alguns processos, como realizar reuniões e transformar isso realmente num coletivo de atuação”, destaca.

O produto final, segundo ela, vai depender de como será o retorno desta etapa inicial de cadastro. Ao identificar quem e onde atua, além de dar corpo ao mapeamento das iniciativas, será possível desenvolver uma página web contemplando essas informações e até consolidar um grupo de estudos e de debates sobre áreas verdes. “A ideia seria, eventualmente, contatar essas pessoas para participarem de uma segunda fase da pesquisa, que pode ser por meio de entrevistas em profundidade, para entender melhor as iniciativas e a motivação dos voluntários. Essas pessoas também seriam convidadas a participar de uma ação coletiva, e aí pensar o que gostariam de fazer: grupo de discussão, reuniões eventuais, de forma que as demandas possam se adequar às demandas dos envolvidos”, finaliza.

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