Projeto de Ricardinho quer implantar núcleo de esporte para crianças em Foz do Iguaçu

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Ginásio de esportes da Guarda Mirim será base para atender 60 crianças das vilas União e Itajubá

O ginásio de esportes Prefeito Clóvis Cunha Vianna da Guarda Mirim de Foz do Iguaçu, deverá receber o primeiro núcleo do projeto Maestro da Bola fora de Curitiba.

A iniciativa, idealizada pelo pentacampeão mundial de Futebol, Ricardo Luís Pozzi Rodrigues, o Ricardinho, começou em 2018 e garante atividades esportivas para mais de 1,2 mil crianças em comunidades de baixa renda da capital do Estado. As informações são de Ronildo Pimentel, no Gazeta Diário.

Os detalhes para implantação do Maestro da Bola foram discutidos nesta terça-feira (2), em reunião na Guarda Mirim, com presença de Renata Pozzi, irmã de Ricardinho e gestora do projeto.

O encontro, organizado pelo presidente Hélio Cândido do Carmo, contou com participação da diretora da Escola Municipal Jardim Naipi, professora Marinelma Legnaghi e o diretor de Esportes da Secretaria Municipal de Esportes, Roberto Borges.

O núcleo, segundo Renata, terá capacidade para atender 60 crianças com idade de 8 a 11 anos, conforme sugestão do professor de educação física da Guarda Mirim, Carlos Eduardo, o Cadu.

“O Maestro da Bola atende 100% crianças que estudam em escolas da rede pública e que residem nas áreas mais carentes de Curitiba”, detalhou a gestora do projeto.

As aulas, realizadas em dois dias da semana, são de futebol de campo e futsal, dependendo da estrutura e acontecem no contra-turno, quando a criança não está em sala de aula. A iniciativa surgiu da intenção de Ricardinho em fazer um trabalho social que atendesse crianças carentes, explicou Renata.

O projeto conta com parcerias importantes, de acordo com ela, como a Itaipu Binacional para aquisição de uniformes e materiais para a prática esportiva. “Como não tínhamos uma sede, como os clubes de futebol, buscamos junto à Prefeitura a cessão dos espaços”, disse. Os recursos para custeio de professores e auxiliares vem da iniciativa privada.

O Maestro da Bola, criado com foco na inclusão social, apoia o único time de futebol de 5, ou futebol paralímpico, para deficientes visuais do Paraná. O planejamento do projeto inclui a uniformização dos matriculados e atividades internas envolvendo os diferentes núcleos que ajudam na interação dos participantes.

Foco social
“A nossa ideia é incluir quem necessita, como as crianças que vivem no entorno da Guarda Mirim, que não dispõe de recursos para práticas esportivas”, explicou o presidente, Hélio do Carmo.

A entidade, que atende aproximadamente 900 jovens com idade de 14 a 18 anos, está no centro de uma comunidade que abriga muitas famílias de trabalhadores com recicláveis.

De acordo com a professora Marinelma, o Maestro da Bola – Ricardinho, vem ao encontro da proposta da direção da escola do Jardim Naipi. “Atendemos 213 crianças da faixa etária de 7 a 11 anos de idade. Alguns pais trabalham na coleta seletiva”, informou a diretora.

O diretor de Esportes, Roberto Borges, disse que a Secretaria Municipal de Esportes está a disposição para contribuir com o projeto. Foz do Iguaçu, segundo Renata, é sede da Itaipu Binacional, um dos principais parceiros da iniciativa. A princípio as aulas, em dois dias da semana, irão atender 30 crianças pela manhã, mais 30 a tarde.

Logo após a reunião, Hélio apresentou aos participantes a estrutura da Guarda Mirim, incluindo a recém-inaugurada Sala de Leitura e o ginásio de esportes. Para o lançamento do projeto, ainda sem data definida, a intenção segundo Renata é trazer o embaixador do Maestro da Bola, o pentacampeão Ricardinho.

Maestro da Bola começou em 2018

O projeto foi lançado oficialmente em janeiro de 2018 e já atendeu 1,5 mil crianças que residem em comunidades carentes de Curitiba. Este ano, foram abertas 1.220 vagas com idade de 7 a 14 anos, em 13 núcleos espalhados por todas as regiões da capital.

De acordo com a gestora Renata Pozzi, 91,8% dos participantes são de escolas públicas e apenas 8,51% são do sexo feminino. “Estamos trabalhando para aumentar mais a participação de meninas nas aulas”, informou.

A iniciativa atende crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade, contribuindo para sua “formação integral como cidadão, transformando suas vidas e reduzindo os preconceitos e estereótipos”, informa a página do projeto.

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