Projeto do Ecoparque Itaipu alia alta tecnologia e natureza

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Elaborada dentro do conceito inovador 5.0, a proposta para o parque urbano foi detalhada em sessão on-line, nesta segunda-feira (5)

A população de Foz do Iguaçu teve a oportunidade de conhecer, nesta segunda-feira, dia 5 de junho, quando se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, mais detalhes sobre o futuro Ecoparque Itaipu. Projetado dentro do conceito inovador 5.0, o parque urbano será construído num terreno de 114 hectares ao largo do Arroio Jupira, na Vila A, uma das áreas mais importantes de Foz do Iguaçu, por sua importância ecológica, histórica e ambiental.

O conceito 5.0 coloca o ser humano no centro da inovação e da transformação tecnológica e tem como principais pilares os avanços em qualidade de vida, inclusão e sustentabilidade. Na prática, o Ecoparque vai utilizar várias tecnologias avançadas aliadas a soluções baseadas na natureza, para proporcionar uma experiência única ao visitante.

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Os detalhes do futuro parque foram apresentados numa sessão on-line em que foram mostradas duas das três propostas finalistas do Concurso Público Nacional de Arquitetura e Urbanismo, promovido pela Itaipu Binacional e organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil. O escritório Mendes e Prevedello, de Curitiba, ficou em primeiro lugar. Em segundo, ficou o escritório Figueroa Arquitetura e Urbanismo, de São Paulo, e em terceiro a Junge e Belli Arquitetura, de Santa Catarina.

A apresentação fez parte da programação especial da Itaipu Binacional em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, data que foi destacada pelo superintendente de Gestão Ambiental de Itaipu, Wilson Zonin. Segundo ele, o Ecoparque é trabalhado num conceito sistêmico muito importante, pois alia cultura, saúde e lazer, numa significativa área verde para uso da sociedade.

Ainda de acordo com Zonin, a implantação do parque “está em consonância com as novas diretrizes do governo federal de priorizar a questão ambiental. Hoje, Itaipu trabalha como tema central a agenda verde, prioridade tanto do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, como do diretor de Coordenação, Carlos Carboni”.

E complementou: “Desde a primeira Conferência Mundial do Meio Ambiente, realizada pela ONU, em Estocolmo (Suécia), em 1972, já havia sinais de que o meio ambiente iria colapsar. Temos um compromisso sério de investir em iniciativas para preservar o nosso planeta”, disse o superintendente, que elogiou o detalhamento das propostas. “Uma coisa é ver os projetos, outra é ouvir como eles serão feitos”, finalizou.

Sessão on-line
A sessão on-line, iniciativa do Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento Paraná (IAB/PR) e da Itaipu Binacional, foi aberta pelo coordenador do concurso público, Jeferson Navolar. O arquiteto deu as boas-vindas aos participantes, elogiou a alta qualidade dos projetos apresentados e parabenizou a Itaipu por adotar a opção de concurso de projetos para a elaboração do futuro parque.

O arquiteto Rafael Belli, representando o terceiro colocado no concurso, o escritório Junge e Belli Arquitetura, de Santa Catarina, falou que a proposta deles basicamente tem como como pilar principal a água. “O conceito geral da proposta leva em consideração o parque para uso da população, a natureza como fonte de inspiração e a criação de setores da água e da floresta”, explicou. Segundo ele, o setor água é conectado pelo lago natural existente na área e o setor floresta é conectado pela vegetação nativa já existente no local. O projeto também prioriza o uso de materiais mais tecnológicos para a construção de edificações de baixo impacto ambiental.

O arquiteto André Augusto Prevedello, da proposta ganhadora, disse que o projeto do Ecoparque é desafiador por ser bastante complexo. “Ali existe uma grande área já urbanizada, com grande fluxo de automóveis ao seu redor”, disse. Para o conceito do projeto, a premissa básica foi compreender a escala da cidade e da paisagem, para onde a cidade vai crescer e quais tecnologias e materiais podem ser usados com menos impacto no parque.

A ideia, segundo ele, é não criar grandes eixos sem atividades e gerar espacialidades fluídas, criar e proporcionar experiências e atmosferas únicas, evitar desmatamento e fazer apenas intervenções pontuais com a valorização do entorno. “Ter em vista que as edificações são coadjuvantes e a paisagem é a grande protagonista”, afirmou. O parque terá um conceito interativo e educacional, com a presença de automação desde sua entrada.

O plano de ocupação do espaço, de acordo com o arquiteto, aproveitará o percurso da trilha de mountain bike existente no local, criará uma ilha de espaço sensorial e também cardiológica, para pessoas em recuperação de problemas cardíacos ou pulmonares. Também estão previstas passarelas, espelhos d’água, torres ou plataformas de observação da natureza e trilhas especializadas de ciclismo.

Promovido pela Itaipu Binacional, com a realização do Instituto de Arquitetos do Brasil (Departamento do Paraná – IAB/PR) e apoio da Prefeitura de Foz do Iguaçu, o “Concurso Nacional de Arquitetura e Paisagem Ecoparque Itaipu” recebeu 21 inscrições de oito Estados brasileiros (PR, RS, GO, ES, MS, RJ, SC e SP).

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