Os recursos para a implementação das ações devem começar a ser liberados já em dezembro deste ano
O Projeto “Vivendo Livros: construindo uma biblioteca com a comunidade”, desenvolvido na Estação Cultural da Vila C foi uma das 21 propostas premiadas pelo Programa Iberoamericano de Bibliotecas Públicas. O resultado foi publicado esta semana e a ação foi aprovada na categoria de financiamento de até 10 mil dólares, com a proposta de investir na ampliação do acervo literário, aquisição de mobiliário e material audiovisual no local.
A iniciativa, fruto de uma Cooperação Técnica entre a Fundação Cultural de Foz do Iguaçu e a Universidade Federal de Integração Latino-Americana (Unila), prevê a realização de atividades de integração das crianças da região em atividades de contação de histórias e diversas dinâmicas lúdicas que despertam a imaginação e a paixão pela leitura.
O acordo prevê que a Fundação Cultural oferte o espaço e o apoio institucional e a universidade entre com os docentes, bolsistas e voluntários para executar o projeto. “Esse projeto maravilhoso foi proposto pela Unila, através da professora Mariana, e é merecedor do prêmio. É uma parceria importante porque universidades são canais de comunicação importantes com a comunidade”, expressou o diretor presidente da Fundação Cultural, Juca Rodrigues.
A premiação contribuirá para o fortalecimento da política pública de leitura que intenta transformar a realidade de crianças e adolescentes daquele território. “Essa é uma experiência de promoção e mediação de leitura que desenvolvemos nas escolas da região desde 2014, e, agora, através da parceria, estamos focados na Biblioteca Comunitária”, informou a coordenadora do projeto, a professora de Línguas e Linguística da Unila, Mariana Cortez.
Transformação
De um local abandonado durante anos para um espaço hoje reconhecido internacionalmente. A história da antiga Biblioteca Cidadã que se transformou, em agosto deste ano, em Estação Cultural da Vila C, representa a importância do investimento em cultura e do poder de transformação da arte entre as pessoas.
“A intenção de ocupação desse espaço, que foi resgatado pelo município após uma história de abandono, mostra que a política de descentralização da cultura associada a parcerias como esta são o caminho, pois temos uma demanda muito grande nas comunidades. Ter um ambiente que propicie atividades culturais e que ocupe o tempo de lazer com ações nesse formato é um grande avanço”, comentou a Diretora de Cultura da Fundação Cultural, Thaísa Praxedes.
Os recursos para a implementação das ações devem começar a ser liberados já em dezembro deste ano.