Protocolos sanitários para reabertura da Ponte da Amizade serão entregues a autoridades do Brasil e Paraguai

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Ponte da Amizade está fechada desde março (Foto: KikoSierich)

Documento foi elaborado por empresários, lideranças da sociedade civil e gestores públicos de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este.

Reunindo critérios e requisitos a serem implementados na reabertura da Ponte Internacional da Amizade, o protocolo sanitário binacional para a retomada econômica da região trinacional será entregue a autoridades do Brasil e Paraguai. O documento foi elaborado pelo Comitê Internacional de Crise de Fronteira.

Esse núcleo é formado por empresários, lideranças da sociedade civil e gestores públicos de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. É uma instância permanente de análise, discussão e deliberação sobre assuntos relacionados às atividades socioeconômicas da fronteira, no âmbito das respostas civis à crise da pandemia por covid-19.

O protocolo binacional é um relatório técnico de consenso, constituído a partir de estudos e reuniões que ocorrem periodicamente desde maio. O objetivo é consolidar as medidas sanitárias e de segurança para o momento de reabertura da Ponte da Amizade, determinando ações integradas de prevenção e atendimento.

Participaram de reuniões de elaboração do documento dirigentes de conselhos de políticas públicas, associações comerciais e órgãos de classe; profissionais de saúde e integrantes dos comitês de combate à covid-19. Também integraram os debates gestores públicos das duas cidades, entre os quais o governador de Alto Paraná, Roberto Gonzáles, e o prefeito de Ciudad del Este, Miguel Prieto.

O protocolo será encaminhado às autoridades de cada país pelas lideranças que integram o Comitê Internacional de Crise de Fronteira. “Ele reflete uma análise criteriosa das condições da pandemia, economia e aspectos sociais na fronteira”, explica o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz), Mario Camargo.

“Esse protocolo contou com um trabalho técnico, subsidiado por lideranças de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este e conduzido por profissionais da área médica dos dois países”, frisa. “A ponte precisa ser aberta para nós, os moradores fronteiriços, pois temos condição de fazer os controles sanitários de forma integrada e segura. Assim, vamos minimizar a crise que se alastra e elimina empresas e empregos”, conclui Mario.

Presidente da Câmara de Empresários de Ciudad del Este e Alto Paraná, Carlos Jara relata que, a partir de agora, caberá às lideranças das duas localidades expor e discutir o regramento previsto no protocolo binacional com as autoridades de seus países. Essa articulação é necessária para a anuência e eventuais ajustes na proposta. 

“Temos consenso entre empresários e lideranças de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. Vamos nos dedicar agora para assegurar essa unidade junto aos nossos governos”, sublinha. “Essa proposta foi elaborada com muito diálogo e avaliação pelas pessoas que vivem, trabalham e geram emprego na fronteira”, aponta.

Trabalho conjunto

O estudo técnico e a proposta inicial do protocolo binacional de ações foram elaborados pela Câmara Técnica de Saúde do Codefoz. Entre os meses de maio e julho, representantes de 25 instituições e do poder público de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este contribuíram nos debates, realizados por videoconferências.

O protocolo sanitário binacional para a retomada econômica da região trinacional será tornado público ao ser concluída sua tramitação nos governos do Brasil e do Paraguai.

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