Ferramenta vai trazer aferição mais completa dos números de visitação aos atrativos e às atividades turísticas já diversas na tríplice fronteira
O diretor de Turismo do PTI, Yuri Benites, adiantou nesta quarta-feira, 24, que o parque tecnológico vai desenvolver uma ferramenta para medir o número de turistas que visitam Foz do Iguaçu. Segundo Benites, o desenvolvimento da ferramenta fará parte do convênio que será assinado com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, durante sua visita ao Festival das Cataratas, entre 31 de maio de 2 de junho no Recanto Park Hotel. Está prevista também a visita da ministra do Turismo, Daniela Carneiro.
“Quantas pessoas circulam por nossa cidade? Quantos deles visitam o Paraguai como atrativo principal e não as Cataratas?”, questiona o diretor do PTI ao respaldar a demanda levantada pelo setor que aponta que essa frequência pode chegar a mais de três milhões a quatro milhões de visitantes se considerar as cidades da tríplice fronteira.
- Pescadores artesanais de Foz do Iguaçu recebem carteira profissional
- Segunda etapa do Trilha da Mulher de Foz mostra importância do empreendedorismo feminino
Yuri Benítez afirmou que a Embratur já trabalha em um laboratório de desenvolvimento de tecnologia para o turismo. “O presidente Freixo vem para Foz e vamos assinar o primeiro acordo de cooperação e lançar o primeiro edital conjunto para criação de empresas específicas para resolver o problema de vistos e medir a circulação em Foz do Iguaçu”, disse.
Métrica
Atualmente a métrica leva em conta os números do Parque Nacional do Iguaçu que no passado recebeu 1.434.308 turistas e nos primeiros quatro meses deste ano foram 616.630 visitantes. Antes da pandemia, o pico foi de 2.020.358 visitantes em 2019.
O prefeito Chico Brasileiro (PSD) disse que a métrica a ser desenvolvida pelo PTI vai dar mais condições para definir as campanhas de divulgação e promoção do destino turístico, além de destacar a aferição mais segura quanto aos números de visitantes. “Teremos condições de identificar com mais segurança os segmentos que visitam a região, de forma detalhada, e até o potencial e crescimento de todas as atividades ligadas ao turismo, além do destaque maior que teremos nas campanhas, nacional e internacional, de divulgação das nossas atrações”.
Segundo o prefeito, os atrativos e as atividades também sediversificaram. “Além das Cataratas do Iguaçu e do parque nacional, temos pelo menos mais dez atrativos de ponta na regiãotrinacional e ainda o turismo de compra, de eventos e negócios, de aventura e esporte e o gastronômico que estão em alta oucrescendo”, disse o prefeito Chico Brasileiro.
Planejamento
O presidente do SindHotéis e diretor-geral da Secretaria Estadual de Turismo, Marcelo Martini, disse que a iniciativa PTI através vem ao encontro de uma carência de vários anos. “Quantos turistas visitam Foz do Iguaçu? Da onde que os turistas vêm? Qual o tempo de permanência deles no destino? Esses dados são muito importantes porque vão balizar as ações tanto do poder público quanto da iniciativa privada para os próximos anos.
“Isso nos dá uma segurança para mais investimentos na cidade, para que mais atrativos venham se instalar no destino e para que o setor também se prepare para receber muito melhor o turista. Dados com qualidade são fundamentais para o planejamento do turismo de forma geral”, completou.
O presidente do Visit Iguassu, Felipe Gonzalez, disse que a diversificação do turismo na cidade requer uma acuidade na aferição da visitação na região. “No chamado três países, um destino, já se estima quatro milhões de visitantes ao ano. Com essa métrica, poderemos ter ações conjuntas entre o Brasil, Paraguai e Argentina em campanhas e na atração de eventos de caráter trinacional. É um avanço muito significativo que vai elevar o destino Iguaçu na prateleira nacional e internacional do turismo”.
Gonzalez defende ainda a unidade das autoridades da região trinacional para resolver gargalos como a fila na entrada da Argentina, que precisa de uma solução urgente do governo argentino, mas que pode ser resolvida numa articulação conjunta dos governos nacionais. “O sistema de controle argentino é ainda analógico, o registro dos turistas nos hotéis, por exemplo, podem ser online e agilizar as visitas aos atrativos fronteiriços”, afirmou.
