R$ 2,2 milhões em smartphones, brinquedos e pneus contrabandeados são doados a instituições em Foz

A maioria dos produtos entraram ilegalmente no país pela fronteira com o Paraguai; entidades atendidas são do Oeste do Paraná

rf doa
Foto: Divulgação/RFB

A Alfândega da Receita Federal de Foz do Iguaçu destinou, entre os dias 11 e 18 de dezembro, mercadorias apreendidas a diversas instituições sem fins lucrativos do Estado do Paraná. 

Entre as entidades beneficiadas pela RFB estão as instituições Um Chute Para o Futuro, Judofoz e a escola Nosso Canto – Centro de Adaptação Neurológica Total, de Foz do Iguaçu, além do município de Francisco Alves.

As mercadorias destinadas às quatro entidades estão avaliadas em R$2.275.720,88. Entre os itens doados estão roupas, mochilas, smartphones, brinquedos, ferramentas, entre outros.

Leia também

Receita Federal doa aproximadamente 800 quilos de cabelo humano apreendido para entidade beneficente

Para o município de Francisco Alves, que atualmente possui 8.464 habitantes, também foram destinados veículos e pneus.

O diretor da instituição Um Chute Para o Futuro, Ronaldo Cleber Cáceres, destacou a importância da iniciativa:

“Oferecemos 16 oficinas e atendemos cerca de 900 jovens, que hoje consideram o projeto como sua primeira casa e sonham em ingressar em uma universidade.”

Além do acolhimento e das atividades esportivas, a instituição incentiva os participantes nos estudos, em atividades de lazer e no acesso à cultura, contribuindo para o desenvolvimento social e educacional das crianças e adolescentes atendidos.

O fundador da instituição Judofoz, Josmar Gouveia Couto, também agradeceu à Receita Federal:

“Com a doação da Receita Federal, a renda arrecadada nos bazares permitirá a finalização da obra do novo polo no Porto Meira, onde passaremos a atender mais 500 crianças de forma gratuita.”

Vale destacar que as mercadorias destinadas às instituições são provenientes da prática do contrabando. O que antes servia para impulsionar o crime organizado agora passa a auxiliar a comunidade. É o que comenta a diretora da escola Nosso Canto, Carmes Pessi, que atende pessoas com deficiências intelectuais, múltiplas e com TEA (Transtorno do Espectro Autista):

“Vamos realizar a reforma da escola, com a instalação de placas solares, pintura das calçadas, entre outros materiais necessários para melhor atender nossos alunos.”

A Receita Federal destaca que ações como essa promovem uma verdadeira transformação social. A destinação adequada de mercadorias apreendidas potencializa o trabalho das instituições beneficiadas, revertendo o produto do crime em benefício da sociedade. 

A instituição reafirma seu compromisso em proteger direitos, fortalecer iniciativas sociais e contribuir para a segurança e o bem-estar da população.


Confira notícias de Foz do Iguaçu no Facebook do Diário de Foz e no Instagram do Diário de Foz