A Receita Federal apreendeu cerca de R$ 2 milhões em mercadorias contrabandeadas durante a Operação Fronteiras, realizada entre os dias 27 e 31 de outubro. O material foi encaminhado à Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu, onde passa por conferência e contabilização.
Mesmo não sendo uma cidade de fronteira, Londrina foi identificada como um dos principais polos logísticos do contrabando no país. De acordo com o auditor-fiscal Flávio Bernardino de Carvalho, grande parte das cargas ilegais que entram no Brasil por Foz do Iguaçu e Guaíra é redirecionada a Londrina, de onde segue para São Paulo e outras regiões.
A operação teve duas frentes principais. Em Cambé, no Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas dos Correios, foram retidas 2.100 encomendas avaliadas em cerca de R$ 1,5 milhão. Já na rodoviária de Londrina, equipes da Receita apreenderam 85 volumes transportados em ônibus de linha vindos de cidades fronteiriças, estimados em R$ 500 mil.
Entre os produtos apreendidos estão perfumes árabes — muitos falsificados —, roupas de marcas falsificadas, vinhos argentinos, robôs aspiradores importados da China, medicamentos emagrecedores paraguaios, tablets, celulares e equipamentos de som automotivo.
Segundo o auditor, o destino das mercadorias depende da natureza de cada item: produtos regulares podem ser leiloados, alguns são doados a entidades beneficentes, enquanto falsificações e medicamentos contrabandeados são destruídos. Vendedores que utilizam marketplaces para comercializar produtos trazidos ilegalmente ao país também poderão responder por contrabando ou descaminho.
A Receita Federal informou que a Operação Fronteiras faz parte de um conjunto permanente de ações de combate ao contrabando e descaminho, com novas etapas previstas para os próximos meses, especialmente nas rotas que ligam o Paraguai ao interior do Brasil.
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