Reinaugurado um dos primeiros viveiros do Parque das Aves

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O Viveiro Aves de Rios e Manguezais, um dos primeiros a serem construídos em 1994 e o preferido do fundador, foi totalmente remodelado. Visitantes vão poder acessar o ambiente a partir da sexta-feira, 12 de maio.

O Parque das Aves, localizado em Foz do Iguaçu (PR), reinaugura um dos primeiros viveiros de imersão construídos no Parque, o Viveiro Aves de Rios e Manguezais, no dia 12 de maio, sexta-feira.

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“Estamos muito felizes com essa reinauguração, pois esse viveiro é muito especial para nós. Inclusive, o fundador do Parque das Aves, Sr. Dennis Croukamp, adorava passar os dias aqui observando as aves e a tranquilidade que esse lugar traz. A reforma trouxe muitas mudanças para o viveiro, ressaltando ainda mais a paz e a beleza deste ambiente que é único”, comenta Paloma Bosso, diretora técnica do Parque das Aves.

Semana de inauguração

Os visitantes poderão conhecer o viveiro a partir de sexta-feira, 12 de maio, mas os colaboradores do Parque das Aves, além de alguns membros da comunidade, já puderam ver o local ao longo da semana em primeira mão.

“A reinauguração desse viveiro é um evento para nós do Parque das Aves, e motivo de orgulho e comemoração. Assim, fizemos vários eventos de inauguração ao longo dessa semana, começando pelos colaboradores, principais envolvidos nesse trabalho lindo e frutífero, além de convidar vários parceiros que trabalham conosco na divulgação do nosso trabalho. Além disso, convidamos mais de 100 alunos de uma escola local para conhecer o viveiro e aprender com nossa equipe de educadores mais sobre este tipo de ecossistema e as aves que nele vivem”, comenta Paloma.

Mudanças estruturais no viveiro

O viveiro de imersão, que possibilita que as pessoas fiquem no mesmo ambiente em que as aves, ficou com mais de 700 metros quadrados de tamanho, apresentando 17,6 metros de largura, 40,3 metros de comprimento e 10 metros de altura. A passarela, que cruza o viveiro da porta de entrada à porta de saída, ficou com 78 metros de extensão e 2,2 metros de largura.

“Quando o Viveiro Aves de Rios e Manguezais foi construído, em 1994, ele era chamado de Pantanal. Foram usadas vigas e pilares reutilizados de outro empreendimento, comprados pela Dra. Anna e o Sr. Dennis para dar início ao sonho de criar o Parque das Aves”, comenta Paloma. “E com o trabalho da equipe interna de Infraestrutura, o viveiro foi criando forma, a passarela de madeira foi construída, as aves chegaram e os visitantes foram se encantando.”

Entre as principais mudanças do viveiro está a passarela, que era feita toda de madeira e agora é de concreto, com corrimãos de metal e madeira. Além disso, ela ficou mais longa e com uma inclinação menos íngreme, possibilitando maior acessibilidade para cadeirantes e pessoas com baixa mobilidade.

“Já são quase 30 anos de história do Parque das Aves e do viveiro. Muita coisa mudou nesse tempo. Foz do Iguaçu costumava receber alguns milhares de visitantes por ano, e hoje recebe milhões. Com as mudanças, o passeio ficará ainda mais tranquilo e agradável para os visitantes”, reforça Paloma.

Além dessas mudanças, a área também ganhou novos manejos, muito mais amplos e que favorecem ainda mais o bem-estar dos animais. Nos manejos, as aves passam um tempo quando precisam de tratamento veterinário ou são mantidas para adaptação ao novo recinto quando chegam ao Parque das Aves.

“Todas as mudanças estão incríveis e aumentam ainda mais a qualidade de vida que oferecemos aos animais, foco do nosso trabalho no Parque das Aves. Mas não posso deixar de mencionar os novos corredores de segurança, que são o espaço na entrada e na saída do viveiro, utilizado pelos visitantes para adentrar o recinto e ficar junto com as aves. Agora esses espaços estão mais amplos e confortáveis para os visitantes, e inserimos um sistema automatizado de fechamento e abertura de portas, que garante mais segurança ainda para as aves do recinto. Tudo isso como forma de compromisso constante do Parque das Aves com a melhoria de suas instalações”, afirma Paloma.

O ambiente do viveiro e seus habitantes

O Viveiro, que possui lagos e uma cascata, é apropriado para acolher as aves que vivem em ambientes de matas ciliares, na beira de rios e lagos, e em manguezais. Muitas árvores, galhos e outras vegetações compõem o ambiente, os quais as aves utilizam para passar o dia e fazer seus ninhos.

“Entre as mais de 70 aves do Viveiro Aves de Rios e Manguezais, de 18 espécies, o destaque fica com os cerca de 40 guarás, que com sua cor vermelha vibrante chamam a atenção dos visitantes. Além disso, vivem ali papagaios-de-cara-roxa, típicos do litoral do Paraná, um cabeça-seca, resgatado e que passou por uma cirurgia no Parque, além do maguari, garças, arapapás e outros”, reforça Paloma.

O viveiro também conta com três espécies de gralha (gralha-azul, gralha-picaça e gralha-cancã), marrecos e irerês, quero-queros, seriema e tachã.

“Toda essa diversidade e exuberância de espécies, juntamente com o belo ambiente do novo viveiro, vai garantir o encantamento das pessoas que visitarem o Parque das Aves a partir do dia 12 de maio. E estamos muito ansiosos para ouvir os relatos de nossos visitantes”, acrescenta Paloma.

Viveiro Pantanal, uma inovação para sua época
Quando este viveiro foi construído, em 1994, ano de inauguração do Parque das Aves, viveiros de imersão e mistos que abrigam diferentes espécies, não eram muito comuns.

“Ficar no mesmo ambiente em que animais de espécies variadas não é algo usual ainda hoje. Na década de 1990, esses espaços eram apenas encontrados em alguns zoológicos, principalmente fora do Brasil. Então a criação de um viveiro assim já foi um avanço muito grande em termos de possibilidade para as pessoas conhecerem espécies bem de pertinho, se encantarem e passarem a ficar mais abertas para questões ambientais”, explica Paloma.

Para a construção do viveiro, os fundadores, Anna e Dennis Croukamp, primeiramente procuraram um local apropriado no terreno, que não precisasse derrubar árvores — uma das prioridades do Parque das Aves até hoje.

“O terreno que adquirimos para construir o Parque das Aves possuía uma estrada de pedras, que ia da Rodovia das Cataratas até o rio Iguaçu. Ali próximo ao rio, existia uma pedreira, das quais foram retiradas as pedras que construíram o aeroporto de Foz. E nós usamos essa estrada para colocar os maiores viveiros do Parque das Aves, pois já era uma área sem árvores”, comenta a Dra. Anna Croukamp, fundadora do Parque das Aves.

Depois de escolher o local para a construção dos viveiros, Anna e Dennis debateram sobre os materiais que deveriam usar, considerando o uso de madeira, metal, cimento, algo que possibilitasse que o viveiro fosse alto o suficiente.

“Encontramos um anúncio oferecendo dois galpões para granjas por 12 mil dólares e os adquirimos para criar a estrutura dos dois primeiros viveiros de imersão do Parque das Aves: o Viveiro Floresta, que hoje se chama Os Pequenos Marrons, e o Pantanal, hoje Aves de Rios e Manguezais”, diz Anna.

Várias foram as dificuldades, e o casal passou por vários aprendizados para construir o viveiro, como encontrar tela soldada para cobrir os recintos, construir os lagos e a ponte, que era de madeira.

“Tivemos que pedir tela soldada de São Paulo e celebramos muito quando o caminhão chegou com esse material! Além disso, optamos por um tipo de madeira para construir a ponte que vinha com a promessa de nunca estragar. Mas ao longo dos anos, substituímos várias tábuas e partes estruturais, pois o material ia se desgastando com a exposição à umidade e ao calor de Foz do Iguaçu. E a construção dos lagos foi difícil, mas trouxe muitos aprendizados que aplicamos até hoje”, finaliza Anna.

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