O resultado das urnas no último dia 15 de novembro em Foz do Iguaçu, mostrou que as instituições políticas precisam se reinventar para buscar soluções dos problemas da sociedade. A avaliação, é da Carol Dedonatti do Progressistas (PP), a mais votada para a Câmara de Vereadores. A renovação na Casa, disse em entrevista ao GDia, representou o “sentimento de indignação” e “insatisfação com o modelo consagrado”.
Natural de Foz do Iguaçu, a Protetora Carol tem 37 anos de idade e conquistou o primeiro mandato com 2.709 votos. Ela é professora e desenvolve um trabalho voluntário na defesa de animais abandonados nas rua pelos donos. A causa animal, segmento em que atua há aproximadamente 10 anos, será sua principal bandeira no legislativo.
Apesar de receber a maior votação da próxima legislatura, Carol afirma que toda eleição tem sua particularidade e a situação de pandemia gerou dificuldades ainda maiores na interação com o eleitor. “Fico feliz por ter sido escolhida por essa parcela tão expressiva da nossa comunidade, que identificou em mim os valores e ações que são importantes na proteção de animais domésticos em situação de risco”, disse, em referência a sua área de atuação.
A vereadora eleita disse que a causa animal nunca foi uma bandeira meramente eleitoral, mas uma vida dedicada a fazer a diferença nesta questão que tem a simpatia de tantos iguaçuenses. “Não me cabe analisar os aspectos intrínsecos e pessoais da escolha do eleitorado. Mas, entendo a responsabilidade decorrente da votação recebida”, afirmou.
Ela adianta que irá dedicar os conhecimentos ao mandato, para levar essa luta para o patamar da institucionalidade legislativa. “Vou buscar iniciativas e ações que venham ao encontro aos anseios de todos os protetores, dos animais, do meio ambiente e de todas as justas causas da sociedade”.
Reinvenção
Sobre o fim das coligações proporcionais, Carol pondera que muitos analistas diziam que isso seria um entrave à renovação. “Via de regra, as mudanças na legislação eleitoral e no sistema político costumam beneficiar detentores de mandato e dificultam o ingresso de quem não tem um perfil ou histórico político”, disse.
As urnas, afirma, deram um aviso importante e um recado retumbante para toda a classe política tradicional. A renovação na Câmara (dos 15 vereadores, apenas dois se reelegeram) representa o sentimento de indignação e insatisfação com o modelo consagrado.
As instituições políticas haverão de se reinventar. “Buscar solução aos problemas e demandas, com valores e princípios que venham de encontro aos anseios da comunidade, trabalhadores, empresários e entidades do controle social”, afirma. Para isso, serão necessárias boas políticas públicas e programas que promovam a cidadania e atendam as pessoas que estão em vulnerabilidade e dificuldades econômica e social.
Por: GDia