Restaurantes do Paraguai vão fechar e dispensar mais de 15 mil trabalhadores

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Restaurantes e praças de alimentação do Paraguai com poucos clientes, apesar de abrirem até meia-noite

Os proprietários de restaurantes decidiram fechar as portas por um período de 15 dias, resultando na dispensa de aproximadamente 15 mil trabalhadores em todas as regiões do Paraguai. A decisão foi comunicada pelo presidente da Associação Paraguaia de Restaurantes (ARPY), Oliver Gayet, em mensagem aos veículos de comunicação do país. O fechamento da gastronomia agrava mais a crise em Ciudad del Este, cidade vizinha de Foz do Iguaçu (Brasil).

A medida extrema anunciada por Gayet é uma reação as novas restrições anunciadas pelo governo federal, como estratégia de enfrentamento ao novo coronavírus (covid-19). “Tomamos uma decisão drástica, que é a única decisão que vai apoiar financeiramente as empresas. Decidimos que os restaurantes ARPY fecharão por 15 dias e absolutamente todo o pessoal será suspenso”, disse o presidente da ARPY à rádio Monumental 1080 AM.

De acordo com o empresário, a decisão será aplicada a partir desta terça-feira (27) e tem abrangência para 10,8 mil trabalhadores sindicalizados. Nesta situação entrarão empresas de outros setores, o que ultrapassará 15 mil suspensões, disse ele. Gayet argumenta que é “inviável” o setor funcionar até às 20h, tendo em vista que o atendimento ao meio-dia termina entre 15h e 15h30, período de pouca movimentação econômica.

“Manter toda a estrutura, pagar a eletricidade, alimentar o pessoal – porque os alimentamos -, nos custa dinheiro. Então a decisão que tomamos é fechar os restaurantes”, adiantou. A ARPY espera que o Instituto do Seguro Social (IPS) se encarregue de cobrir a suspensão dos trabalhadores, inclusive para o governo absorver os custos do serviço de eletricidade.

“Queremos que o Governo assuma a nossa conta da ANDE (empresa responsável pela gestão da energia elétrica no pais)”, afirmou o dirigente sindical ao Última Hora. “Não podemos mais trabalhar pela metade, onde eles tiram 70% do nosso faturamento e depois temos que encontrar a solução. E eles dizem ‘deixamos você trabalhar’”, acrescentou.

As informações são de GDia

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