As reuniões realizadas nesta quarta-feira (27), em Foz do Iguaçu, entre moradores de duas ocupações irregulares, representantes da prefeitura e da Fozhabita, com intermediação da vereadora Valentina (PT), registraram poucos avanços e deixaram famílias em situação indefinida.
Pela manhã, agentes municipais estiveram na ocupação Lagoa Azul, localizada em área pertencente ao município, onde vivem cerca de 65 pessoas distribuídas em 20 barracos, segundo informações da Defensoria Pública.
Embora a reintegração de posse não tenha sido executada de imediato, fiscais da Secretaria de Orçamento e Finanças alertaram que os moradores têm até a manhã seguinte para desmontar as construções e desocupar o espaço. Caso contrário, a desocupação deverá ocorrer de forma forçada, com apoio de tratores.
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Segundo a vereadora Valentina, já há uma determinação judicial para que a prefeitura não promova as desocupações sem um plano de realocação para estas famílias. “A gente tá cobrando para que estas decisões sejam cumpridas, cobramos na audiência realizada na Câmara a formulação de um plano de moradia de interesse social. Queremos que a prefeitura tenha um planejamento para curto, médio e longo prazo para não tratarmos do assunto somente nestes momentos de conflito”, explicou a parlamentar.
Já área que sofreu parcial desocupação ontem, de propriedade do Fozhabita, no Lagoa Dourada, e é de proteção permanente deverá passar por um levantamento dos moradores remanescentes para que seja buscada uma solução para as famílias, porém, por ora, sem risco de desocupação forçada.
Sobre as ações, a Comunicação Social da prefeitura afirmou que são duas ocupações diferentes, uma no Lagoa Dourada e outra no Lagoa Azul. A de ontem, no Lagoa Azul, é área do município. A de hoje da prefeitura. Ambas APP. Ontem foram removidas três construções e hoje as próprias famílias removeram.
Já o Fozhabita respondeu que `nesta terça-feira, 26 de agosto, realizou uma ação de fiscalização e remoção de construções irregulares em uma área de sua propriedade, classificada como Área de Preservação Permanente (APP).
A operação, que contou com o apoio da Guarda Municipal, da Polícia Militar e da Secretaria Municipal de Obras, teve como objetivo coibir a devastação ambiental decorrente do avanço de ocupações irregulares. Durante a ação, foram removidas diversas estruturas, incluindo uma construção de alvenaria`.
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