Saúde intensifica capacitação da rede para o combate à dengue (20)

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A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), através da Vigilância Epidemiológica, está intensificando a capacitação dos profissionais de saúde de toda rede quanto ao uso dos protocolos de classificação de risco e manejo clínico da dengue. As diretrizes dessa grande força-tarefa fazem parte do Plano Municipal Plano Municipal de Contingência de Arborivoses 2019/2020 (dengue, febre de chikingunya e zika vírus). 

O documento foi apresentado pela equipe da Vigilância em Saúde, durante plenária do Comus, na manhã desta quinta-feira (17). O plano possui mais de trinta páginas e contêm cinco eixos que incluem vigilância epidemiológica, a assistência médica ao paciente, o controle do vetor, gestão de recursos e comunicação de educação em saúde. 

De acordo com o vice-prefeito e secretário de saúde, Nilton Bobato, essa “é uma frente muito importante do trabalho que articulada às ações de prevenção e controle ao mosquito visa aperfeiçoar o fluxo de atendimento do paciente na rede de assistencial”, expressou Nilton Bobato. 

Segundo a enfermeira da vigilância epidemiológica, Mara Ripoli, o objetivo é prevenir possíveis complicações causadas pela dengue. “O plano visa elaborar ações em cada setor responsável para prevenir uma epidemia ou em caso de epidemia, evitar a ocorrência de óbitos”.

Para concretizar a integração de todo o sistema para o atendimento ao plano, a SMSA vem fortalecendo o ciclo de capacitações junto às equipes de saúde. Na noite desta quarta-feira (16), a equipe da Vigilância em Saúde, concluiu a série de oficinas voltada aos profissionais da rede de urgência e emergência (UPAS, SAMU e Forças Armadas). 

Somente neste ciclo com a rede de urgência e emergência, foram mais de duzentos servidores preparados para os novos fluxos de atendimento. Mas as capacitações estão acontecendo desde maio. Ao todo cerca de 700 profissionais passaram pelos treinamentos. A ação continuará com as equipes de saúde dos hospitais e dos médicos residentes.

Porta de entradaUm dos principais objetivos do plano é integrar e rede assistencial e sensibilizar a população para o primeiro atendimento nas unidades básicas de saúde. As UBSs  são a porta de entrada para o primeiro atendimento dos pacientes com suspeita de dengue e onde ocorre a classificação de risco que varia de A, B, C e D. 

Outro ponto importante presente no plano é a obrigatoriedade da emissão do cartão da dengue aos pacientes durante o primeiro atendimento na UBS. Com o cartão, o paciente que for classificado com risco de urgência (C e D) e for encaminhado a UPA não precisará passar por novo acolhimento na unidade de urgência. 

Além da grande força-tarefa do governo municipal, que também inclui fiscalizações e mutirões de limpeza, é preciso evitar a formação de criadouros do mosquito. Segundo pesquisas do CCZ, cerca de 80% dos focos do mosquito estão em resíduos, tais como garrafas pets, tampinhas, sacolas, entre outros materiais. 

AlertaA Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) reforça que o plano é a retaguarda do sistema para enfrentar a dengue e reforça a importância da conscientização da população quanto aos cuidados para prevenção e controle do aedes aegypti. 

O alerta é importante tendo em vista a mudança de comportamento do mosquito em todo o país e também ao risco de epidemia de dengue pelo sorotipo DEN4, um dos quatro tipos de vírus da dengue que é  transmitido pelo aedes aegypti. A projeção tem como base a incidência dos outros três sorotipos nos últimos anos, o que torna a população suscetível a contrair o DEN4. 

O último boletim epidemiológico do município, divulgado na última terça-feira (15), registrou 848 casos notificados e 48 confirmados. O número é maior ao mesmo período do ano passado.O retrato é semelhante em praticamente todo o país e está associado a vários fatores como a adaptação e mutação do mosquito à questão climática que vem apresentando altas temperaturas e um inverno com menor período e intensidade. 
O documento expõe ainda que cerca de 67% das pessoas que contraíram dengue são do sexo masculino e 48% tem entre 15 a 29 anos de idade. As regiões leste e norte continuam sendo as mais impactadas pela dengue, concentrando juntas 44% do total de casos confirmados.

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