Seis lojas francas devem entrar em funcionamento em Foz do Iguaçu ainda neste ano

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A oferta de produtos de marcas reconhecidas mundialmente com regime tributário diferenciado é uma das estratégias para a reativar a principal atividade econômica de Foz do Iguaçu.

Até o final do ano, o destino turístico irá contar com pelo menos seis lojas francas, também chamadas free shops, que permitem a compra de produtos nacionais e importados livres de impostos.

A intenção é desenvolver um novo segmento do setor, para oferecer mais atrativos aos turistas nacionais que, em um primeiro momento pós-pandemia, devem focar nos destinos brasileiros, por causa das restrições à entrada em outros países. A repórter Fabíola Sinimbú, do Portal EBC (Agência Brasil), pautou o tema e lembra que a atividade está interrompida desde 1º de julho devido um decreto estadual.

Com o aquecimento do turismo nacional, a meta é atrair em torno de 25% do público que viaja para destinos de compras mundialmente famosos, como Miami, Paris e outros, analisa o secretário de Turismo, Gilmar Piolla. Uma das seis lojas francas chegou a ser inaugurada antes das medidas federais para conter a pandemia, que interromperam as atividades não essenciais em 17 de março em todo o país.

Panorama

Os novos modelos de comércio são amparados pela Lei 12.723, de 2012, que permite lojas francas em cidades nas fronteiras do país, onde tanto a população local quanto os turistas podem consumir até US$ 300 ao mês, livres de impostos. O valor se torna ainda mais atrativo, ao se somar à cota de US$ 500, livre de impostos, que o turista pode consumir nas lojas francas de outros países, ao atravessar a fronteira.

Com a isenção tributária, os preços dos produtos chegam a sofrer redução de 64% para perfumes, 54% para bebidas, 53% para artigos de vestuário, 45% para aparelhos celulares e 37% para relógios, segundo a consultora e especialista em lojas francas, Elizângela de Paula Khun. Para o setor, esse será mais um apelo ao turista brasileiro, que deverá ser mais econômico diante do cenário incerto pós-pandêmico.

Empregos

De acordo com estimativa de um estudo da FGV Projetos, em 2020 o Produto Interno Bruto (PIB) do turismo será de R$ 165,5 bilhões, o que representará queda de 38,9% na atividade. Em todo o Brasil, Foz do Iguaçu é uma das cidades mais atingidas pela queda na atividade, causada pelas medidas de contenção da covid-19. 

A economia local é muito dependente do turismo. “Para ter uma ideia, 40% dos empregos diretos e indiretos, formais e informais, da nossa economia são ligados à cadeia produtiva do turismo”, diz Piolla. Dois terços das receitas do Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN) do município são provenientes do setor.

Por: GDia

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