Um grupo de guias de turismo e profissionais do setor se reuniu no último domingo (20), em frente à tradicional loja Três Fronteiras Artesanato, na Vila Carimã, em Foz do Iguaçu, para manifestar apoio ao comércio local e cobrar agilidade na conclusão das obras de duplicação da BR-469, a Rodovia das Cataratas.
O ato também teve como objetivo demonstrar solidariedade ao proprietário do empreendimento, Sr. Darci, por sua dedicação e pelo importante papel que sua empresa desempenha no turismo da cidade e no sustento de outras empresas da região. Com faixas com dizeres como “Estamos sofrendo com suas obras”, “Pedimos respeito” e “Turismo pede socorro”, os manifestantes interromperam momentaneamente o tráfego da BR-469, como forma de conscientizar turistas, moradores e trabalhadores do corredor turístico.
A Três Fronteiras Artesanato carrega décadas de história no turismo de Foz do Iguaçu. Fundada em 1983, já foi considerada uma das maiores lojas de artesanato da América Latina, com mais de 4 mil itens vindos de todas as regiões do país, confeccionados em materiais diversos. Tornou-se um marco para o setor, parada obrigatória nos roteiros guiados e símbolo da cultura e hospitalidade iguaçuense.
“O artesanato sempre foi um carro-chefe do nosso turismo. É triste ver o movimento cair tanto por falta de acesso. Precisamos preservar nossa história”, comentou a guia de turismo Vera Swiderski, membro da Liga dos Guias de Foz do Iguaçu.
As obras de duplicação da Rodovia das Cataratas, iniciadas em setembro de 2022 com prazo previsto de 18 meses, avançam lentamente. Em janeiro deste ano, apenas 42,49% dos trabalhos haviam sido concluídos. Em abril, a empresa responsável entrou com pedido de recuperação judicial e o canteiro ficou praticamente parado. Em maio, as obras foram retomadas após a divulgação de um novo cronograma, com promessa de entrega da primeira etapa ainda em dezembro de 2025 e conclusão total até junho de 2026. No entanto, no trecho em frente ao comércio da Vila Carimã, as dificuldades de acesso continuam gerando prejuízos ao setor.
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Segundo os manifestantes, a movimentação da loja Três Fronteiras Artesanato já caiu cerca de 90%, refletindo a queda no fluxo de turistas e a insegurança gerada pelo canteiro de obras. “Sem turistas circulando, com ruas mal sinalizadas e cheias de barreiras, os prejuízos se acumulam e os empregos ficam em risco”, declarou Eder Dornelles.
O ato deste domingo reforçou a cobrança por soluções urgentes para minimizar os impactos sobre os negócios e preservar um dos patrimônios afetivos e econômicos mais queridos pelos iguaçuenses.
Por Silvana Canal
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