A Itaipu Binacional desenvolveu um simulador virtual voltado ao treinamento de profissionais que atuam em ambientes de alta complexidade e risco elétrico, como subestações de energia. A solução, que utiliza tecnologia de realidade virtual, tem o objetivo de reduzir a quase zero as possibilidades de acidentes durante a fase de capacitação, contribuindo para a segurança operacional.
Idealizado pela engenheira de Segurança do Trabalho Thiciane Peres, o Simulador de Risco Elétrico (SRE) foi desenvolvido em parceria com equipes da própria usina e do Parque Tecnológico Itaipu (Parquetec). O projeto venceu um prêmio interno de inovação promovido pela empresa e, recentemente, tornou-se oficialmente um ativo registrado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O registro foi viabilizado pelo Itaipu Parquetec e representa o oitavo obtido pela empresa, sendo o primeiro após o lançamento do Programa de Propriedade Intelectual da Binacional.
O simulador cria um ambiente virtual imersivo, com cenários que emulam situações reais de manutenção elétrica. Por meio de óculos de realidade virtual e sensores, os profissionais podem praticar procedimentos críticos de forma realista, mas sem exposição a riscos. O conceito começou a ser testado em 2021 e, desde então, passou por aprimoramentos que incluíram novos equipamentos, ferramentas e etapas operacionais, conforme as normas de segurança vigentes, como a Norma Regulamentadora NR-10.
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Desde setembro de 2024, o SRE vem sendo aplicado nos treinamentos das equipes de Manutenção de Equipamentos de Transmissão e de Operação de Usina e Subestações, responsáveis por atividades na Subestação da Margem Direita da Itaipu, uma das áreas mais complexas da empresa. Além de reforçar o conhecimento técnico, o simulador permite aos profissionais planejar atividades, analisar riscos e utilizar equipamentos de proteção individual de forma adequada.
O desenvolvimento do simulador também é resultado de ações da Itaipu voltadas ao estímulo da inovação. Nos últimos anos, a empresa estruturou iniciativas como o Prêmio Inowatt, que em sua primeira edição recebeu mais de 120 propostas, além de atividades para fortalecer a cultura de propriedade intelectual entre empregados, pesquisadores, startups e parceiros institucionais.
De acordo com Thiciane Peres, a solução já vem sendo apresentada em eventos técnicos do setor elétrico e foi citada em publicações sobre transição energética. A engenheira destaca que há estudos para ampliar o uso do simulador, integrando-o, por exemplo, a treinamentos complementares em cursos da NR-10. O projeto envolveu profissionais de diferentes áreas da Itaipu e do Parquetec, cujos nomes integram o registro oficial no Inpi.
Para a diretoria da empresa, o reconhecimento reforça o compromisso da Itaipu com a segurança, a capacitação e o incentivo à geração de soluções inovadoras. Segundo o diretor administrativo da Itaipu, Iggor Rocha, o SRE exemplifica o ciclo completo desejado pela empresa: da ideia à prática, com registro de propriedade intelectual. “É o tipo de iniciativa que queremos estimular cada vez mais”, afirma.
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