O Sindicato das Empresas de Gastronomia e Entretenimento (SindiAbrabar) cobrou nesta segunda-feira (04), um socorro da Prefeitura aos pequenos empresários de Curitiba.
A intenção é que o município abra linhas de crédito para o setor, com valores semelhantes aos R$ 200 milhões repassados para as empresas que operam o transporte coletivo na capital.
“A Prefeitura autorizou R$ 200 milhões para socorrer as empresas de ônibus. E para nós, empresários, que estamos sofrendo, o que ela nos ofereceu? Nada”, ressaltou Fábio Aguayo, presidente do SindiAbrabar. Ele lembrou que Foz do Iguaçu e Ponta Grossa, já ofereceram crédito para os pequenos empresários.
“Curitiba vai oferecer quando? Será que a Companhia de Desenvolvimento de Curitiba que aumentou o seu capital social em 200 milhões de reais, vai poder nos ajudar?”, indagou.
O presidente da entidade lembra que o setor tem enfrentado muitas dificuldades para garantir a sobrevivência e mesmo acesso aos financiamentos junto ao governo Estado. “Só 10% conseguiu este socorro estadual”, disse. “Senhor prefeito (Rafael Greca), aguardamos sua opinião sobre esta questão”, disparou.
Panorama
A Prefeitura de Foz do Iguaçu, lembra Aguayo, passou a oferecer crédito com juro zero a profissionais autônomos e liberais, trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEIs) e micro empresários (MEs). A parceria emergencial do programa Foz Juro Zero foi assinada na semana passada com a Fomento Paraná, do Governo do Estado.
A Prefeitura irá investir até R$ 3 milhões dos recursos orçamentários da Secretaria de Turismo, Industria, Comércio e Projetos Estratégicos, provenientes de royalties da Itaipu Binacional, para alavancar créditos da ordem de R$ 30 milhões. O prazo de carência será de 12 meses e o de pagamento das parcelas entre 12 e 24 meses.
Já a Prefeitura de Ponta Grossa (PMPG) vai criar uma linha de crédito para apoiar pequenos e médios empresários no total de R$ 4 milhões e cada empresário beneficiado poderá emprestar até R$ 20 mil. A medida faz parte dos esforços para também conter os danos causados pela pandemia no campo econômico.
Todo Paraná
Sobre a linha de crédito da Fomento Paraná, criada pelo governo do Estado dentro do programa Paraná Recupera, para micro e pequenas empresas durante a pandemia, Aguayo diz que só 10% de quem pediu o empréstimo conseguiu. Segundo a Fomento Paraná até o dia 24 de abril a instituição contabilizava pouco mais de dois mil contratos emitidos com micro e pequenas empresas.
O presidente do SindiAbrabar ressaltou a importância das prefeituras das principais cidades do Estado sigam os exemplos de Foz do Iguaçu e Ponta Grossa. “Isso seria fundamental, das mais de 20 mil empresas do Paraná que tentaram, apenas 10% conseguiram acesso a linha de crédito do govrerno”, completou Aguayo.