Em 2018, ao participar de um fórum sobre o futuro do Paraná, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), cunhou uma máxima, a qual eu concordo plenamente: uma cidade só é boa para se visitar quando é boa também para seus moradores. É justamente esse o desafio que enfrentamos em Foz do Iguaçu. A cidade vive novamente um momento ímpar, recebe mais de R$ 3 bilhões em investimentos em obras públicas e empreendimentos privados, diversifica atrativos turísticos com um movimento próximo ou equivalente ao período pré-pandêmico e ainda as Cataratas do Iguaçu são eleitas como a sétima atração turística do mundo e a primeira da América Latina.
Tudo isso é muito importante para a economia, para se criar novamente os empregos esperados, gerar renda e retomar o crescimento visto em 2019 quando recebemos mais de dois milhões de visitantes.
Para alcançar o bem estar apontado pelo prefeito Rafael Greca é necessário um olhar acurado e ações voltadas às questões sociais e as desigualdades históricas enfrentadas desde o final dos anos de 1970. E uma dessas demandas está em garantir o acesso à moradia às famílias sem condições e às mais vulneráveis.
Não é uma tarefa fácil, requer compromisso e disposição política para tanto. Por isso que considero emblemática a autorização do governador Ratinho Junior (PSD) em dar início às licitações para as obras de urbanização do Bubas, uma área de 40 hectares no Porto Meira, região sul de Foz do Iguaçu, ocupada por 1,8 mil famílias, ou seja, 10 mil pessoas. As informações são de Diário do Poder
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A maior ocupação urbana do sul do país talvez tenha uma só comparação às 1,3 mil famílias do Caximba em Curitiba e que tem um projeto de reassentamento e de urbanização de igual envergadura que está sendo implementado pelo prefeito Rafael Greca.
No Bubas, as famílias moram há mais de nove anos em condições precárias sem acesso à água, luz e os serviços públicos básicos. A urbanização da área, autorizada pela Justiça, vai levar dignidade às famílias. Em parceria com o Governo do Estado, através da Copel e Sanepar, vamos levar no primeiro momento as redes de energia elétrica, água e esgoto.
Em seguida, vamos fazer as obras de drenagem e pavimentação, com o arruamento definido e aprovado pela própria comunidade, e a construção calçadas, meio-fios, galerias, além de equipamentos e a extensão de serviços públicos como a instalação de ponto de ônibus e a implantação de espaços de lazer como praça, parque e arena esportiva.
Parte desses equipamentos, como creches, posto de saúde, escola, centro comunitário e de assistência social, já foi implantado próximo a área, já está previsto ou em construção.
A urbanização do Bubas tem uma dimensão épica. A ocupação foi objeto de pesquisas e estudos e que revela a triste realidade enfrentada por mais de seis milhões de brasileiros empurrados a morar em condições irregulares e insalubres, sujeitos a todo tipo de tragédias que se repetem ano a ano nas cidades brasileiras.
Foz do Iguaçu, apesar de sua inigualável beleza natural, não é diferente e enfrenta os mesmos problemas da maioria das grandes cidades. No entanto, desde 2017 colocamos o acesso à habitação como prioridade de governo. Em poucos anos, já entregamos mais de 1,2 mil moradias e queremos entregar mais 1,5 mil casas nos próximos anos através de plano de habitação de interesse social.
Em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná, através do Programa Moradia Legal, estamos regularizando os imóveis de 1,5 mil famílias com a meta de oito mil regularizações nos próximos anos. Foz é a cidade com maior adesão ao programa.
O acesso à moradia digna, como todos sabem, é um direito universal e previsto na Constituição brasileira, que se tornou muito difícil de colocá-lo em prática. Muito mais do que construir um teto com quatro paredes, uma casa em um local adequado com infraestrutura e serviços básicos, garante às famílias o exercício pleno da cidadania e o sentimento de pertencimento em uma das cidades mais belas do mundo e que todos querem visitá-la.