Trabalhadores do transporte coletivo mantém greve até Câmara votar crédito

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Foto: Arquivo / Rádio Cultura

Os trabalhadores do transporte coletivo urbano de Foz do Iguaçu vão manter a greve deflagrada no início da manhã desta terça-feira (15), em protesto contra o atraso no pagamento de benefícios. No final da tarde os trabalhadores decidiram circular os ônibus até às 8h da manhã, de hoje, depois param. Eles também avaliaram um projeto de lei enviado pela Prefeitura à Câmara, abrindo um crédito para custear o déficit do sistema. A categoria decidiu manter a mobilização até a Câmara votar a proposta, que pode ocorrer na quinta, 18.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, Dilto Vitorassi, os “trabalhadores ficaram simpáticos a proposta da Prefeitura” e só “não suspenderam a greve” de uma vez, por que temem que a Câmara não aprovem o projeto, possibilitando o pagamento do 13º salário, previsto na Constituição Federal até o dia 20 de dezembro.

“Eles (trabalhadores) acham que os vereadores, pelo fato de votar na sexta, vão ficar enrolando”, informou Vitorassi. Em função disto, “eles querem manter a greve até a votação do projeto na Câmara”. Na proposta, a Prefeitura que assumiu a operação do sistema no dia 2 de dezembro, projeta o pagamento do 13º e o abono de férias que é pago no mês de dezembro.

O presidente do sindicato não soube informar se o pagamento das cestas básicas que estão atrasadas (sete, no total) está incluído no crédito previsto no projeto. A Prefeitura anunciou, em nota à imprensa, o envio da proposta ao legislativo na segunda-feira (14), após o anúncio da categoria informando sobre a greve.

Custeio

De acordo com a manifestação, o crédito irá “custear o déficit do sistema no período da intervenção, incluindo o 13º salário dos trabalhadores”. A Prefeitura lembrou que, desde que assumiu a operação do serviço, colocou em circulação cinco novos ônibus, contratou novos motoristas e ampliou 15 horários de linhas.

O município, segundo a nota, está garantindo o pagamento dos salários dos trabalhadores e já colocou em dia 100% do vale alimentação deste mês para a empresa Cidade Verde e 70% para os trabalhadores da empresa Transbalan, com o compromisso de garantir os demais 30% até sexta-feira, 18 de dezembro. 

A intervenção foi decretada por até 180 dias devido ao descumprimento do Consórcio Sorriso de suas obrigações tributárias, previdenciárias, trabalhistas, além da deficiência na qualidade da prestação do serviço.

“Complicado”

O interventor do consórcio que opera o serviço, Rafael Carbonera, considerou complicada a decisão da categoria, mesmo após ser assinalado algumas reivindicações para a categoria retornar de imediato. “Nossa parte foi feita. Se alguém nesse momento é responsável pela greve é o sindicato e não mais a intervenção e o prefeito”, disse.

“Não acho justo com as pessoas que dependem do transporte”, comentou Carbonera. Que completou: “Irei rever toda a situação”. A intervenção foi decretada devido o consórcio não cumprir o contrato de colocar ônibus suficientes para evitar a superlotação dos mesmos.

Por: GDia

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