“O Brasil vive neste 8 de outubro um dos dias mais tristes da sua história. Chegamos a 600 mil mortes por Covid-19, resultado da incompetência, desmandos, negacionismo e do desrespeito à vida. Esta tragédia não pode ser esquecida e nem passar impune”, disse o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) ao criticar a condução do enfrentamento da pandemia pelo governo federal.
Romanelli ressalta que um acúmulo de erros marcaram o combate ao coronavírus e lembra que o País poderia ter iniciado a vacinação em massa ainda no final do ano passado. “O governo brasileiro recusou 70 milhões de doses da vacina da Pfizer e apostou em uma medicação sem qualquer eficácia comprovada. Somente estes dois fatos condenáveis já revelam que houve uma conduta desumana”, afirma.
Segundo o deputado, a queda no número de infecções e mortes após o avanço da vacinação é a maior evidência de que os responsáveis pela saúde da população no plano federal ignoraram as melhores práticas e condenaram milhares de pessoas à morte. “Fizeram tudo errado. Não por falta de aviso e suporte da ciência. Foi uma opção que beira o bizarro, o macabro”, pontua.
“A nós cabe o lamento e a solidariedade com todas as famílias que perderam entes queridos para a doença”, disse Romanelli. “Além do luto, ainda teremos que vencer as consequências econômicas da pandemia, que provocou efeitos perversos sobre a vida de milhões de pessoas que foram jogadas na miséria e no desemprego”, considera o deputado.
O Brasil registrou 405 mil vidas perdidas para a Covid-19 somente em 2021 e é a segunda nação com mais mortes pela doença no mundo desde o início da pandemia, ficando atrás apenas dos EUA. Com 2,7% da população global, o País registrou 9,7% das infecções ocorridas e 12,4% dos óbitos provocados pelo novo coronavírus no planeta.