TCE-PR concedeu liminar restringindo o uso do serviço para garantir segurança a trabalhadores da saúde e da vacinação em Curitiba
O transporte público urbano é, na avaliação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, o maior transmissor do novo Coronavírus (Covid-19). “O transporte coletivo, na minha opinião, é o maior transmissor”, disse o chefe do Executivo Estadual, ao participar do programa Jornal da Manhã, da Jovem Pan Curitiba.
A manifestação de Ratinho Junior vai ao encontro do entendimento do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), Fábio Camargo, que concedeu uma cautelar restringindo o serviço em Curitiba, para garantir a segurança dos trabalhadores da saúde, dos serviços essenciais e da campanha de vacinação contra a Covid-19.
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No entender do governador, o comércio nas grandes cidades não é o grande problema dos altos índices de infecções e óbitos por complicações da doença. “Inclusive, na minha avaliação, vejo que uma pessoa que entra em uma loja, ela não vai infectar”.
“O problema são as pessoas saírem de casa em um volume grande, em especial nos mesmos horários”, ressaltou Ratinho Junior, sobre os horários de pico do tansporte coletivo (início de manhã e fim de tarde).
Grande demanda
De acordo com ele, isso ocorre de maneira muito forte em Curitiba, “na região metropolitana que comporta 25 cidades no entorno”. Uma grande parcela dessas pessoas usa o serviço para trabalhar na capital.
“Essas pessoas saem de casa no mesmo horário. Então, você não tem sistema de transporte coletivo no mundo que suporte fazer o transporte de 30, 40 pessoas dentro do um ônibus”, afirmou o governador.
Para amenizar a situação, Ratinho Junior disse que a ideia é tentar segurar as pessoas em casa para evitar o volume de pessoas na rua. “Quanto menos essa pessoa conversar, muito provavelmente ela terá menos chance de ser infectada ou ela passar para outras pessoas”.
Fechamento
O governador admitiu que, culturalmente, o brasileiro tem dificuldade de ter essas restrições, disse ele, em referência as dificuldades de tomar uma decisão pelo fechamento do comércio. “É muito difícil, muito duro ter que tomar uma decisão dessas”.
“De ter que frear com a força do estado, uma cidade. É muito triste isso, extremamente doloroso. Decisão mais dura é você falar, ‘pessoal vai ter que parar fechar o comercio para restringir a mobilidade'”, comentou Ratinho Junior.
Ele lembrou que muitos países da Europa tiveram que adotar novamente o lockdown para frear o avanço do vírus. “Dizer que tem uma receita de bolo certa, estarei mentindo, não tem. Estamos vendo os países de primeiro mundo apanhando, Itália e Espanha fechando novamente, Inglaterra ficou noventa dias, três meses fechada”.
Foto legenda (ratinho jovem pan)
Avaliação de Ratinho Junior diz que em ônibus lotados as chances de contaminação por Covid-19 são maiores
Foto: Reprodução Jovem Pan