Turismo de Foz em 2023 puxa o desempenho do Paraná na pesquisa Itaú Unibanco

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Foto: Christian Rizzi/PMFI

De acordo com o levantamento, o estado é o quarto com mais gastos no setor, mais de 7% de todo o país

“Foz do Iguaçu tem uma participação muito forte nestes resultados”, disse o prefeito Chico Brasileiro, ao comentar o desempenho econômico das atividades turísticas em curso ascendente no Brasil. O Paraná aparece como o quarto estado com mais gastos neste setor, mais de 7% de todo país em 2023, aponta um levantamento do Itaú Unibanco.

“Turismo é da natureza de Foz do Iguaçu com o Parque Nacional do Iguaçu e as Cataratas, o encontro dos rios Iguaçu e Paraná e muitos outros atrativos”, completa o prefeito.

A compilação divulgada nesta quarta-feira (27), Dia Mundial do Turismo, aponta que em todo o território nacional os gastos envolvendo atividades para lazer, entretenimento, gastronomia e hospedagem cresceram 27% nos primeiros oito meses do ano, no comparativo do mesmo período de 2022. 

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Neste intervalo, o número de transações realizadas com cartões de crédito no setor cresceu 10%, com um ticket médio de R$ 1.126. Os gastos com turismo no Paraná ficam atrás dos contabilizados em São Paulo e Rio de Janeiro, empatados em 1º lugar com 17% (cada um), e Minas Gerais, com 12% na 3ª colocação.

Atividade plena

Os números do turismo de Foz do Iguaçu apontam uma recuperação plena das atividades econômicas relacionadas ao turismo, muito próximos de 2019, ano da movimentação histórica do setor. “As Cataratas do Iguaçu já receberam este ano, quase 1,2 milhão de turistas este ano. O atrativo, que é um termômetro, mas não definitivo da movimentação turística do destino, por não incluir o rodoviário”, afirma Chico Brasileiro.

“No entanto, este dado do Parque Nacional do Iguaçu traz uma informação muito importante para entendermos o volume de gastos com turismo no país. Além do grande número de brasileiros, 43% deste ingressos, mais de 510 mil eram visitantes de 143 diferentes nacionalidades”, avaliou.  
A recuperação do turismo internacional em Foz do Iguaçu chega próximo a 80% da pré-pandemia. No ano do recorde histórico,  mais de dois milhões de visitantes foram até as Cataratas do Iguaçu. 

O destino conta com diversos atrativos, como o Circuito Turístico da Itaipu Binacional, o Marco das 3 Fronteiras, Parque das Aves, Museu de Cera, compras em Ciudad del Este e a gastronomia em Puerto Iguazú, Paraguai e Argentina, respectivamente.

Panorama

A Bahia, de acordo com o levantamento, está empatada com o Paraná em quarto lugar, também com 7%, a frente de destinos tradicionais como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Pernambuco (5% das transações cada), Goiás, com 4%, e Ceará, com 3%.

Entre os segmentos que mais se destacam estão os hotéis, que representando 43% das transações do setor, já as companhias aéreas têm 31% do total. A média de ocupação hoteleira em Foz do Iguaçu se manteve acima de 85% e chegou perto de 100% nos feriados prolongados. No ano, mais de 960,3 mil pessoas passaram pelo Aeroporto Internacional, aumento de 46,6% no comparativo de 2022.

Considerando a evolução em relação a 2022, os maiores crescimentos em quantidade de transações foram registrados nos Duty Free, segundo o levantamento, com alta de 34%. Foz do Iguaçu tem, em atividade, três lojas duty free e no primeiro trimestre de 2024, contará com o quarto estabelecimento que vendem produtos importados e desnacionalizados sem impostos.

Geração x

O levantamento traz ainda informações sobre a idade de quem está investindo em férias dentro do Brasil. A geração X, por exemplo, que são aqueles nascidos entre 1965 e 1980 respondem por 42% dos gastos. A geração Y (nascidos entre 1981 e 1996) vem em seguida, com 34%; os babyboomers (nascidos entre 1946 e 1964) têm 22%, e a geração Z, 2% (nascidos entre 1997 e 2010).

“Entretanto, quando fazemos o recorte por quantidade de transações, vemos que a geração Y já ultrapassa a X, com 41% das compras realizadas com cartões de crédito no setor de turismo – e 38% da geração anterior. E os mais novos, os zennials, são os que mais crescem – um movimento natural, mas bem acima da média geral, com avanço de 61% nos gastos no setor”, comenta o diretor de dados do Itaú Unibanco, Moisés Nascimento.

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