Por Ian Vargas
O Paraná vive um ciclo de obras que podem transformar não só a mobilidade urbana, mas também o turismo e a economia no Estado. O Paraná e Foz vêm sendo palco de grandes investimentos do governo Lula que levam ao desenvolvimento socioeconômico. Em Foz do Iguaçu, por exemplo, Itaipu Binacional e a Prefeitura deram início, em 2024, à primeira grande revitalização da Avenida JK desde os anos 1970. Foram R$ 23 milhões em recapeamento, drenagem, ciclovia, pista de caminhada e iluminação.
O pacote de investimentos vai muito além. A Perimetral Leste, que liga a BR-277 à Ponte da Integração, alcançou 70% de execução em julho e contempla 14,7 km de pavimentação, duas aduanas e seis viadutos. Ligando a BR-277 à Ponte da Integração Brasil–Paraguai, a nova rodovia promete tirar o fluxo pesado de caminhões do centro da cidade e agilizar o comércio exterior. A Ponte da Integração, por sua vez, recebeu R$ 323 milhões em recursos federais para sua construção.
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A duplicação da BR-469, conhecida por nós como a Rodovia das Cataratas, já se aproxima dos 30% de execução e soma mais de R$ 42 milhões em investimentos, um esforço conjunto entre o Governo do Paraná, o Governo Federal e a Itaipu Binacional, que aportou a maior parte dos recursos. O projeto prevê novas marginais, das quais 3,2 km já estão liberadas, além de viadutos em andamento, uma ponte nova sobre o Rio Tamanduá e um acesso direto ao Aeroporto Internacional.
No transporte aéreo, os aeroportos de Foz, Londrina e Ponta Grossa foram modernizados, abrindo espaço para novas rotas e fortalecendo o turismo regional. Nas rodovias, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está financiando mais de R$ 6 bilhões para modernizar estradas estratégicas, com isso vai reduzir custos de transporte e aumentar a segurança.
Somados ao Novo PAC, que já executou R$ 24 bilhões em obras no Estado, e aos recentes aportes no Porto de Paranaguá, os números impressionam: infraestrutura em escala inédita no Paraná. O desafio, agora, é garantir que as obras em andamento sejam entregues com qualidade, preferencialmente dentro do prazo, e que realmente melhore a vida das pessoas, porque infraestrutura só faz sentido quando sai do papel e se torna parte do dia a dia da população.
*Ian Vargas é advogado, ex-superintendente do FozHabita e ex-secretário de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade de Foz do Iguaçu. Mestre em Sociedade, Cultura e Fronteiras pela Unioeste.
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