O Centro Universitário UDC recebeu da Polícia Ambiental Força Verde, o corpo de uma Onça Parda (Puma Concolor) que foi morta em decorrência de um atropelamento na PR 467, na região de Cascavel no final do mês de julho. Pesquisadores da UDC farão a necropsia, para determinar a causa da morte do animal, e o processo de taxidermia no mesmo.
A Policia Ambiental doou o corpo da onça ao Centro Universitário por saber do importante trabalho de Educação Ambiental realizado na instituição de ensino a partir de fatalidades como a que ocorreu com o Puma.
Na sexta-feira (09/08) as 14 horas, no Hospital Escola de Medicina Veterinária da UDC, o Pesquisador e Coordenador do Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário UDC, Profº. Ms. Joaquim Buchaim, acompanhado de universitários de Medicina Veterinária e Ciências Biológicas vai iniciar os processos no animal morto.
O corpo da onça será lavado e eviscerado. O grupo vai realizar a necropsia para saber a causa da morte e identificar todos os ferimentos sofridos pelo animal no atropelamento. Depois, a Onça Parda macho adulta, passará pelo processo de taxidermia não tóxico para enfim poder fazer parte do programa de Educação Ambiental da instituição.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL UDC
O Centro Universitário UDC possui em seu inventário 4 grandes felinos, que passaram pelo processo de taxidermia e que hoje fazem parte de diversas ações de Educação Ambiental em toda a região. “As onças do nosso acervo são itinerantes. Sempre que há necessidade, emprestamos os exemplares a diversas instituições como o Parque Nacional do Iguaçu, Força Verde, Parque das Aves, Escolas e outros, para que fiquem em exposição e representem com sua imagem forte a importância desses animais para o meio ambiente”, explica Buchaim.
O Professor conta ainda, que o grande objetivo do trabalho é ajudar na conscientização sobre a importância da preservação destes grandes predadores do topo da cadeia alimentar. “O nosso trabalho de educação ambiental utilizando a coleção de onças serve para preservar a imagem dos animais de forma que a população simpatize com os mesmos e adquira consciência ambiental”.
A NATUREZA PERDE MUITO
O Coordenador lembra que a morte de um grande felino vai acarretar uma sequência de prejuízos à natureza.
“É uma cadeia, quando perdemos um felino de grande porte como o que recebemos, uma série de fatores negativos ocorre na natureza. Ele era um macho, pode andar cerca de 60 km por dia para marcar seu território. Com a morte, outro animal vai assumir seu lugar e se o espécime morto tinha filhotes, seu sucessor vai cometer infanticídio, ou seja, pode ser que muito mais fatalidades ocorram em decorrência do atropelamento”.