#Foz106anos: Um voo a um passado bem próximo

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Foz do Iguaçu vai completar, na próxima quarta-feira (10), 106 anos de emancipação. Para marcar a data, o Cabeza News vai resgatar artigos e reportagens produzidos para a quarta edição da revista Cabeza, que seria editada em 2004, porém acabou nunca indo para a gráfica.

São retalhos da história produzidos por quem acompanhou o dia a dia da nossa cidade nas últimas 50, 60 décadas. Para abrir a série, um material produzido pelo saudoso Chico de Alencar (em memória), que nos deixou recentemente.

Chico, com seu texto característico, nos remete como foi o 1º Seminário de Turismo de Foz do Iguaçu, lá nos idos dos anos 1980. O jornalista, um amante do potencial que o turismo representa para a economia de Foz do Iguaçu, editou o primeiro guia turístico da Tríplice Fronteira.

Na sequência o blog resgata artigos e reportagens de jornalistas e historiados como Adilon Borges, Aluízio Palmar, Jackson Lima, Zé Beto Maciel, Adriana Vechi Alencar, Carlos Luz, entre outros. Boa leitura!

Chico de Alencar

Eram os dias 27, 28, 29 e 30 de agosto do ano 1980. No Hotel Bourbon, com a parceria Prefeitura Municipal e Itaipu Binacional (Clovis Cunha Viana e José Costa Cavalcanti, à frente), acontecia o 1º seminário de Turismo de Foz do Iguaçu, portanto há 23 anos.

Nós não tínhamos ainda – pasmem- uma secretaria municipal de turismo. Em números redondos o Parque Nacional do Iguaçu recebia um milhão de turistas por ano. Ao preço da taxa de visitação de um Cruzeiro, Cruzado ou seja lá qual fosse a moeda da época, num país que troca seu nome à cada governo, cortando zeros à direita para “ diminuir” a inflação endêmica.

Eu sonhava com a participação do município na receita do Parque Nacional com destinação específica para: urbanização da Rodovia das Cataratas, transformando-a numa “Rua 24h de Curitiba de hoje, com equipamento ao longo de seus quilômetros, muita iluminação e policiamento ostensivo, além da divulgação.

O que aprontamos, Antonio Cirilo e eu para que a sociedade se mobilizasse e cobras e das esferas estaduais e federais neste sentido, só os antigos sabem. Esta era uma proposta que elaboramos para este 1º seminário, já íntegra acabou chegando aos ouvidos do IBDF, hoje Ibama.

Tanto é que mandaram uma “Laranja” para torpedear a proposta, sob a alegação que o PNI não podia abrir de sua receita porque ela sustentava outros parques brasileiros que não auferiam lucros, como aqui.

Coube a mim redigir, com apoio dos colegas da época, a carta do Clube de Imprensa de Foz do Iguaçu, neste sentido. Redigi-la e apresenta-la ao seleto público presente.

TEIMOSIA PURA

Mal acabei de falar e o “Laranja” do IBDF pediu a palavra, já inscrito, para torpedeá-la emparado na lei. Retomada a minha palavra, insisti que não

queríamos abiscoitar parte da receita do seu órgão, mas sim aumentar 10% ao valor na taxa da visitação ao Parque, para os propósitos anunciados. Mal merecemos uma citação na “Carta de Foz do Iguaçu de Turismo”, como vocês verão logo adiante em sua integra; apenas muitos anos depois, quando Luciano Pizzato assumiria a Diretoria de Parques e Florestas do então IBDF, no governo estadual de Álvaro Dias, ele ligou-me de Brasília, após o ato se sua posse, dizendo mais ou menos assim, “ Chico: quero lhe dizer que trouxe no meu bolso de paletó, o textinho de sua coluna que cobrava de mim aquela decisão é que este foi o primeiro ato e decreto de minha gestão aqui”.

Wadis Benveutti era o presidente do Paranatur e comemoramos juntos, todos nós. Acontece que, apesar de, ao invés de 10% de melhoração na taxa de ingresso no Parque Nacional do Iguaçu, Pizzato a elevou para 100% destinado a metade para o governo do Estado e não para Foz do Iguaçu como pretendíamos. Como Wadis era o homem do turismo no Paraná, entendemos que a gente acabaria se beneficiando e comemorando a vitória por uma luta de mais de 10 anos

INCÚRIA ENDÊMICA

A gente esta cansado de saber que n o Brasil o governo mais atrapalha do que ajuda aos seu contribuintes e foi o que aconteceu com o governo Álvaro Dias, que – inépcio, omisso e negligente – ele recebeu apenas uma parcela, mandou uma merréca para Foz e acabou deixando caducar o convênio.

Pelo menos a secretaria Municipal de Turismo, iniciativa que a imprensa local apoiou com força total. Acabou sendo criada e levando Luiz Guilherme Faria de Siqueira ao honroso titulo de 1º secretário de Turismo de Foz do Iguaçu.

Não quero e nem estou a fim de analisar ou sequer julgar seu desempenho, mas ai esta até hoje i órgão municipal de turismo de um dos mais importantes pólos do destinos de país.

Ainda no embalo dos reflexos energizantes da visita do ministro de Turismo, Walfrido dos Mares Guia a Foz do Iguaçu, coincidindo com uma série de outras iniciativas formidáveis e alvissareiras, por conta da Itaipu do iguaçuense Jorge Miguel Samek e da administração municipal e estadual com o PMDB de Roberto Requião e Sâmis da Silva, do secretário de Turismo estadual, Cláudio Rorato e do deputado estadual e do ex-prefeito, Dobrandino Gustavo da Silva,

sem falar na aproximação direta com o governo Lula, achei ser oportuno e pertinente esta volta a um passado não muito distantes, 23 anos apenas, que registramos este episódio “Histórico” de nossa cidade e seu turismo, com a determinação de envia-lo ao Dr. Walfrido dos Mares Guias e ao diretor administrativo e financeiro da Embratur, o paranaense, Emersom Palmieri que nos honraram com suas visitas e suas declarações de amor, respeito e consideração para com a nossa Terra das Cataratas.

CATARATAS DE TURISMO DE FOZ DO IGUAÇU
(1º seminário de Turismo de Foz do Iguaçu)

Blog resgata memórias de Foz do Iguaçu

A série #FozdoIguaçu106anos marca o aniversário do município, nesta quarta-feira (10 de junho) com o resgate de uma série de artigos, contos e reportagens que seriam publicados na 4 ª edição da revista Cabeza, da Aculfi, em 2004. Abaixo links dos demais posts

Um voo a um passado bem próximo

Cabeza de Vaca vale o resgate

O encontro com a onça do diabo

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