UNILA aprova ensino remoto para período de pandemia

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A UNILA aprovou, na última sexta-feira (14), as regras para o ensino remoto especial e o calendário das atividades, previstas para ter início no dia 21 de setembro com prazo para conclusão até 23 de dezembro. O calendário ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Universitário (CONSUN), que tem reunião agendada para 28 de agosto.

As aulas presenciais na UNILA estão suspensas desde 17 de março e o ensino remoto emergencial é uma alternativa para minimizar os impactos da pandemia de Covid-19 nas atividades acadêmicas.

De acordo com a resolução aprovada pela Comissão Superior de Ensino (COSUEN), a adesão ao ensino remoto emergencial será facultativa, tanto para professores como para alunos. A resolução também prevê que as atividades poderão ser realizadas em tempo real, em ambiente virtual de aprendizagem, e também off-line.

As discussões sobre o ensino remoto começaram no dia 2 de julho. Uma comissão foi criada especialmente para estudar as alternativas para essa modalidade de ensino, que será adotada neste semestre, em razão da necessidade de distanciamento social. “Não é um semestre regular. Também não seriam todas as disciplinas, porque algumas não têm condições de serem adequadas ao formato remoto”, explica o presidente da Comissão e pró-reitor adjunto de Graduação, Hermes Schmitz. No processo de construção da proposta de ensino remoto, a comissão se preocupou com a “capacidade técnica ou condições de saúde, pessoais, tanto dos docentes quanto dos discentes”. “Está todo mundo trabalhando em casa, com seus próprios equipamentos, às vezes cuidando de filhos. Buscamos deixar esse caráter facultativo até para respeitar não só as necessidades técnicas e pedagógicas das disciplinas, mas também essas situações pessoais”, afirma.

O estudo para a definição das regras para o ensino remoto levou em consideração as dificuldades técnicas apontadas numa consulta realizada junto à comunidade acadêmica. Por isso, os docentes terão à disposição cursos e outras atividades para aprimorar o uso de tecnologias educacionais disponíveis.

Para os estudantes que tiverem dificuldade de acesso digital, a UNILA dispõe de 580 vagas do auxílio digital do Ministério da Educação (MEC) e está estudando o orçamento para atender às demandas estudantis por meio de editais próprios de auxílio digital.

A proposta de ensino remoto também foi baseada em ações que estão sendo adotadas por outras universidades. Até o momento, pouco mais de 40 universidades e institutos federais de educação já adotaram o ensino remoto.

Novos tempos

Para Hermes Schmitz, o ensino remoto pode aprofundar o contato da Universidade com a sociedade. “Tenho esperanças de que a gente aprenda muita coisa. É uma oportunidade de nos aproximarmos da sociedade e atingir pessoas que não atingíamos antes”, aponta. A produção dos conteúdos, exemplifica, poderá servir também para cursos de extensão e divulgação científica. “No ensino presencial, com todas as suas potencialidades obviamente, o conhecimento fica entre o professor e o aluno, dentro da sala de aula. Agora, no ensino remoto, estamos produzindo um material que pode ser utilizado para muito mais do que isso”, aponta.

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