A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) participa de um projeto internacional que visa estimular o desenvolvimento sustentável em comunidades rurais. Trata-se do Catalyst, um trabalho com envolvimento de 13 instituições de ensino superior de diversas partes do mundo, como países da África, da Ásia e da Europa, com o objetivo de coletar dados e levar conscientização de base ao campo.
No Paraná, que já tem um projeto de vanguarda nessa área em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os pesquisadores da Unioeste realizam um trabalho de coleta de dados em nove propriedades rurais do município de Santa Tereza do Oeste, a 20 quilômetros de Cascavel, e analisam a qualidade de vida de 125 moradores.
A proposta é uma via de mão dupla: levar informações aos produtores rurais e promover ações que visam a conscientização sobre desenvolvimento sustentável.
“São ações que procuram promover a compreensão sobre a importância da qualidade da água e produção e consumo de alimentos de qualidade e, com isso, aumentar a proteção ambiental e proporcionar uma melhor condição para a saúde humana”, salienta a professora Ana Tereza Ana Tereza Bittencourt Guimarães, uma das coordenadoras locais do Catalyst.
Além da comunicação, o objetivo central é estudar os principais desafios socioeconômicos e ambientais na gestão da água e do solo e na interconexão da saúde e do bem-estar humano, animal e ambiental.
Coordenado pelos professores doutores Peter Kile e Nuno Ferreira, ambos da Universidade de Cardiff, no País de Gales (Reino Unido), o projeto conta com a participação de diversos professores da Unioeste. Além de Ana Tereza, é também coordenador local o professor Neucir Szinwelski. Há, ainda, parceria de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Campinas (Unicamp).
O projeto localizado no Oeste sustenta-se em cinco pilares: avaliação da biodiversidade, sob responsabilidade do professor Neucir Szinwelski (Unioeste); avaliação da produtividade, de Luiz Zanão (Unioeste); avaliação mineralógica e screening de pesticidas, dos professores Antônio Carlos de Azevedo (USP) e Ana Tereza Bittencourt Guimarães (Unioeste); avaliação de Qualidade de Água, da professora Luciana Fariña (Unioeste); e avaliação da qualidade de vida, das professoras Ana Tereza Bittencourt Guimarães, Ana Maria Itinose (Unioeste), Carla Brugin Marek (Unioeste), Luciana Fariña (Unioeste) e Rita de Cássia Simão (Unioeste).
RESILIÊNCIA – O projeto tem também o objetivo de formar comunidades interdisciplinares internacionais com foco na chamada resiliência socioambiental. A ideia é aumentar a capacidade dos envolvidos de contribuir com as agendas de pesquisas futuras, apoiando o engajamento em projetos de pesquisa colaborativos. A iniciativa tem impacto na comunidade acadêmica das instituições envolvidas, uma vez que bolsas de iniciação à pesquisa e de auxílio técnico são fornecidas para estudantes previamente selecionados.
ODS – O Catalyst contribui para uma série de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), mais notavelmente os ODS 6 (Água Limpa e Saneamento), ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis) e o ODS 12 (Consumo e Produção Responsáveis). Os ODS compõem a Agenda 2030, proposta da ONU para guiar boas práticas dos países para os próximos 15 anos. Entre eles estão a erradicação da pobreza, igualdade de gênero, energia renovável, educação de qualidade, crescimento econômico, entre outros.
O Paraná já é um exemplo mundial no desenvolvimento sustentável. O estudo “Uma Abordagem Territorial para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Paraná”, apresentado em junho, destaca que energia sustentável, proteção ambiental e redução de desigualdades são alguns dos pilares já bem fundamentados no Estado.
As informações são de Agência de Notícias do Paraná.
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