O diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri, disse que o foco de atuação da empresa vai priorizar as políticas sociais, ambientais e de infraestrutura, tal como as prioridades elencadas pelo presidente Lula. “A atuação da Itaipu passa pela questão ambiental, social e infraestrutura. Nessa ordem. Por exemplo, vamos apoiar os pequenos produtores rurais, o pessoal da reciclagem, pescadores, as pequenas associações que geram emprego e renda. O asfalto ajuda, mas ele não muda a vida das pessoas e a Itaipu quer fazer uma boa política de inclusão social”, disse Enio Verri durante a posse de André Alliana na Secretaria Municipal de Turismo no dia 10 de abril.
“A ideia é usar a Itaipu e a prefeitura como instrumento de aglutinação. Quando a gente puder ter o PTI como a diretoria de turismo, a Itaipu com a gerência de turismo, a Secretaria Municipal de Turismo e o setor juntos numa política única de tal maneira que a gente possa com isso ter mais investimentos na área, atrair mais visitantes e com isso contribuir para o maior desenvolvimento não só de Foz, mas de toda a região”, pontuou.
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Posteriormente, em entrevista ao blog do Esmael, Verri adiantou que vai almoçar com o governador Ratinho Junior no próximo dia 28 em Curitiba. “A Itaipu tem prioridades e também tem coisas em comum com o governo do Estado. Vamos ter uma reunião prevista para o dia 28. Vamos mostrar para o governador, exatamente como fazer essa relação, uma relação institucional de governo. Temos projetos que faremos em comum também com o Estado e com isso quem ganha é a população paranaense. Não teremos a mesma prioridade que o governo do Estado teve nos últimos quatro anos, o que ele deve manter as prioridades dele e nós teremos a nossa”, afirmou.
Leia a seguir os principais trechos das entrevistas, em Foz do Iguaçu no dia 10 e na sexta-feira, 14, ao blog de Curitiba.
Qual a importância desta unidade no turismo entre Itaipu e prefeitura?
Foz do Iguaçu é uma cidade eminentemente turística, a sua renda, o seu desenvolvimento depende da indústria do turismo. Entretanto, nos últimos anos estava ocorrendo uma séria divisão cada um estava mexendo do seu lado. A ideia é usar a Itaipu e a prefeitura como instrumento de aglutinação. Quando a gente puder ter o PTI como a diretoria de turismo, a Itaipu com a gerência de turismo, a Secretaria Municipal de Turismo e o setor juntos numa política única de tal maneira que a gente possa com isso ter mais investimentos na área, atrair mais visitantes e com isso contribuir para o maior desenvolvimento não só de Foz, mas de toda a região.
Está nos planos desta a parceria a instalação de um bureau de notícias de turismo para divulgar o destino na imprensa nacional?
Nós temos uma assessoria de imprensa bastante grande e competente na Itaipu . Agora, um tipo de bureau como esse passa necessariamente pela prefeitura. Se a prefeitura e o trade tomarem essa iniciativa, a Itaipu estará à disposição para participar disso. O que nós temos como tarefa é mostrar para a população do Paraná e do Brasil o que é Itaipu e o que ela significa na vida da população brasileira, da população do Paraná e em especial a contribuição que ela dá a vida da população de Foz do Iguaçu.
A Itaipu vai participar das campanhas promocionais do turismo?
É um desenho que está sendo feito e hoje Foz do Iguaçu é o segundo destino das viagens internacionais. É possível fazer de Foz o primeiro destino? Depende, lógico, de uma estratégia bem montada de marketing, de vender a cidade, demonstrar o que temos para a população.
A Itaipu, por si só, tem muito o que mostrar. Seja por conta do lago, seja por conta da obra. A nossa retomada agora do catamarã que volta a circular. Se unirmos esforços, todos juntos, iremos parar de atirar de metralhadora, que atira a esmo para atirar de fuzil, ou seja, vamos ter o único foco, um único foco é mais fácil de aceitarmos o objetivo e podemos e de fato consumar Foz do Iguaçu em uma referência brasileira e internacional da indústria do turismo.
O senhor tem afirmado que a atuação da Itaipu será ampliada para as outras áreas, além do financiamento de obras de infraestrutura, quais são essas áreas e já tem projetos engatilhados?
A atuação da Itaipu passa pela questão ambiental, social e infraestrutura. Nessa ordem. Por exemplo, vamos apoiar os pequenos produtores rurais, o pessoal da reciclagem, pescadores, as pequenas associações que geram emprego e renda. O asfalto ajuda, mas ele não muda a vida das pessoas e a Itaipu quer fazer uma boa política de inclusão social.
A Itaipu, por exemplo, pode apoiar a implantação de parques lineares e a revitalização de rios, nascentes e cursos d’água em Foz?
Pode, mas isso tem que ser projeto, tem que ter avaliação técnica. Com o projeto, a gente pode avaliar tudo isso.
Como o senhor avalia os 100 dias do governo Lula?
Foram 100 dias para recuperar o estado brasileiro. Nos quatro anos anteriores, o estado brasileiro foi destruído. Começou com um golpe contra a presidenta Dilma. A política de Bolsonaro destruiu o que existia, o que Lula fez, o que Dilma fez, destruiu o Estado, a política da assistência social, a política de salário mínimo, as políticas do Estado. Lula nesses 100 dias, retoma o Bolsa Família com valores mais justos, retoma o incentivo à pesquisa científica através de aumento de bolsas universidades , retoma a política de aumento real de salário mínimo, começa a ter investimento nos vários ministérios, retoma a capacidade de investimento da saúde.
O Brasil deixa de ser um pária internacional e temos um presidente da república que é convidado frequentemente para conversar com o presidente de outros países mais desenvolvidos. O presidente Lula foi convidado a participar da reunião do G7 e isso é muito importante. Nós conseguimos um espaço importantíssimo que é a presidência do Brics através da ex-presidente Dilma.
E no no caso da América Latina, que é o meu papel, damos então o grande salto para a retomada do desenvolvimento do Brasil. Será um ano difícil para a economia, a taxa de crescimento não será aquela que queremos, mas sem dúvida nenhuma a partir de 2024, os dados começam a apontar para o cima
Como vai ser a relação com o governo Ratinho Junior que nos quatro anos anteriores teve um forte apoio da Itaipu na execução de obras em Foz e na região oeste?
As obras que já foram iniciadas, conveniadas, estão sendo fiscalizadas, todas serão executadas e estão sendo executadas. Quanto a isso, não há problema nenhum, seria uma irracionalidade muito grande parar uma obra. Em relação a novas obras, vamos analisar com muito mais cuidado porque a nossa prioridade é a prioridade das políticas do governo Lula.
Nós temos uma missão. Tratar de produzir uma energia barata, de qualidade mas também o compromisso com as políticas ambientais, sociais e infraestrutura. Nós vamos casar com as políticas do governo federal, por exemplo, com o Ministério de Desenvolvimento Social, com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Ministério da Cultura. Nós vamos trabalhar políticas que visam a aumento da renda, o desenvolvimento regional. Para isso, o outro ponto que tem uma fundação tecnológica chamada PTI (Parque Tecnológico Itaipu) no tempo que tem como prioridade a inovação tecnológica. Essa soma da inovação com as políticas sociais será a nossa prioridade.
A questão de asfalto, de ponte, isso é uma análise sobre recurso que a gente vai conversar. Eu atendi na Assembleia Legislativa o secretário estadual da educação (Roni Anderson Vieira). E ele veio me fazer uma consulta. Qual é a prioridade da nossa direção e como poderíamos fazer parcerias. E há uma condição sim e fazemos muitas parcerias com o Estado por exemplo na educação ambiental, em escolas do campo, a casa familiar rural, tem as escolas do campo em assentamentos que podem receber algum tipo de investimento. O secretário vai fazer uma relação, vamos marcar uma nova reunião espero atendê-lo em Foz do Iguaçu e discutir quais parcerias que podemos desenvolver.
A Itaipu não concorre e nem disputa com o governo do Estado. Apenas, a Itaipu tem prioridades e também tem coisas em comum com o governo do Estado. Vamos ter uma reunião prevista para o dia 28. Vamos mostrar para o governador, exatamente como fazer essa relação, temos uma relação institucional de governo. Temos projetos que faremos em comum também com o Estado e com isso quem ganha é a população paranaense. Não teremos a mesma prioridade que o governo do Estado teve nos últimos quatro anos, o que ele deve manter as prioridades dele e nós teremos a nossa.
Qual vai ser o campo de aliança do PT em 2024 e 2026?
Estamos fazendo uma grande frente no Paraná, formada pelos partidos da base do presidente Lula. Essa frente está muito bem dialogada e coordenada pelo Arilson Chiorato, deputado estadual e presidente estadual do PT, ela é composta pelo PT PV e pelo PCdoB – a nossa federação – pelo Psol e Rede, que também é uma federação. Nós temos junto conosco também o PDT, PSB, PSDB e o Solidariedade. Esses nove partidos têm se reunido, temos conversado bastante e estamos trabalhando com esses partidos que compõem a base do governo Lula em Brasília. Esperamos estar juntos no Paraná com esses nove partidos para as eleições municipais e também para as eleições para governo do Estado, senadores e a reeleição do presidente Lula. O nosso objetivo é fortalecer uma grande frente no Paraná e no Brasil.