Em meados dos anos 1960, os presidentes do Brasil e Paraguai inauguraram a Ponte Internacional da Amizade, ícone da integração entre os povos da Tríplice Fronteira com a Argentina.
Por conta do evento, uma equipe da Agência Nacional de Comunicação visitou Foz do Iguaçu para produção de um documentário retratando o município, o Aeroporto, as Cataratas do Iguaçu e a ponte, referência arquitetônica da época.
O documentário, de pouco mais de 12 minutos de duração, começa destacando os rios e a pista de pousos e decolagens do Gresfi, o primeiro aeroporto de Foz do Iguaçu.
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“Eis um pequeno aeroporto, como centenas de outros espalhados por todo o Brasil. Apenas, este é de maior importância para os turistas do mundo inteiro. Aqui é Foz do Iguaçu”, destaca o editor e narrador Hamiltom Frazão.
A obra, cujas imagens foram produzidas pelo cinegrafista Pedro Dacri, revela uma um fato presente nos dias atuais: o alto valor das tarifas aéreas em Foz do Iguaçu. “Elevadas como são as tarifas aéreas, apenas uma minoria pode desfrutar dessa rapidez em direção ao deslumbramento das quedas d’água (Cataratas do Iguaçu”, afirmou.
As imagens na sequência mostram as trilhas que levavam às Cataratas do Iguaçu e o Hotel das Cataratas. Brasileiros e estrangeiros são dominados pela mesma emoção, diz o narrador, enfatizando que as imagens das Cataratas já naquela época percorriam o mundo.
O documentário revela que, na época, Foz do Iguaçu tinha pouco mais de 15 mil habitantes, mas que receberia uma atenção especial do Governo do Paraná.
Os prédios do antigo Fórum de Justiça (hoje Fundação Cultural), do antigo Hotel Cassino (Hoje Senac) e da Paróquia São João Batista e a Casa Paroquial, bem como dos moradores de Foz do Iguaçu são mostradas para mostrar o desenvolvimento local.
A produção também destaca a indústria madeireira, principal matriz econômica do município no período.
O porto oficial, às margens do rio Paraná, era onde embarcavam os ônibus com turistas que seguiam para Assunção, capital do Paraguai. Naquela época, já havia a preocupação do combate ao contrabando.
Um detalhe curioso revelado no documentário é que o prédio da aduana do país vizinho ficou pronto muito antes da Ponte da Amizade, construída com recursos brasileiros.
Ao final, o documentário aborda a Ponte da Amizade, detalhando o volume de concreto e o trabalho coordenado por engenheiros brasileiro. “Dia de festa. Inaugura-se oficialmente a Ponte da Amizade. Sobre a ponte, o General Alfredo Stroessner, presidente do Paraguai, Marechal Castelo Branco avança em direção a fita simbólica colocada no meio da ponte internacional”.
“Brasileiros de um lado, paraguaios do outro, aguarda-se a chegada dos presidentes”, afirma a narrativa. O final do documentário é recheado com imagens das autoridades e os presidentes assinando a inauguração. A Ponte da Amizade começou a ser construída em 1956 e demorou 9 anos até ser concluída e inaugurada no dia 27 de março de 1965.