A Polícia Federal (PF) divulgou os vídeos do comboio de viaturas, incluindo de outros órgãos de segurança, para a escolta na chegada em Foz do Iguaçu do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, preso em Assunção, no Paraguai, em uma suposta tentativa de fuga do país.
Nos registros, devido as normativas dos órgãos de segurança, não aparecem imagens de Silvinei Vasques durante e após sua entrega pelas autoridades paraguaias na Ponte Internacional da Amizade, passarela que une Ciudad del Este e Foz do Iguaçu (Brasil).
Silvinei foi detido no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, ao tentar embarcar para El Salvador com um passaporte paraguaio falso (foto abaixo).

Ele também apresentou um atestado de que teria um câncer na cabeça e, em função disso, estaria impossibilitado de ouvir e falar.
A prisão do ex-diretor da PRF foi determinada pelo Superior Tribunal Federal (STF), logo após o rompimento da tornozeleira e aluguel de um veículo em Santa Catarina, utilizado no deslocamento até Assunção.
O comboio dos órgãos de segurança chegou à Aduana da Ponte da Amizade no início da noite deste sábado (26), aguardou um período no local, antes de seguir pela via e retornar com o preso até a Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu.
Como foi a prisão
Segundo a Direção Nacional de Migrações do Paraguai, Silvinei Vasques acabou preso por irregularidades nos documentos, que levaram à checagem de dados biométricos, quando ele foi identificado. Confrontado, admitiu que o passaporte não era legítimo.
Após a detenção, o ex-diretor da PRF foi submetido ao protocolo padrão de expulsão do país, incluindo o uso de algemas e capuz, e entregue à Polícia Federal brasileira na fronteira, em Foz do Iguaçu.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais pelo contexto da tentativa frustrada de saída do país. Silvinei Vasques foi condenado pelo STF por envolvimento no chamado “núcleo 2” da organização golpista investigada após as eleições de 2022.
Rigor paraguaio
As autoridades paraguaias têm histórico de rigor em casos de falsificação documental, inclusive envolvendo brasileiros de grande visibilidade pública.
Em 2020, o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaucho foi preso ao tentar entrar no país com passaporte falso. Ele e o irmão ficaram cinco meses presos em Assunção (AQUI para relembrar).
Assista abaixo a colagem dos vídeos do comboio enviados pela PF
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