O volume de vendas nas lojas da Vila Portes e região da Ponte Internacional da Amizade, na primeira semana de reabertura do comércio ocorrida em 22 de abril, ficou na média de 15% em relação ao montante comercializado antes da pandemia do Coronavírus, na segunda metade do mês de março
O desempenho frustrou a expectativa do setor que já calcula uma tendência de piorar nos próximos dias, após a decisão do governo federal de manter por mais 30 dias fechada a Ponte da Amizade, que une Brasil e Paraguai na região de Foz do Iguaçu.
“Pois é. Abriu daquele jeito. Está dando uma média de 15% do movimento que tinha, não mais que isso”, comentou o comerciante Ismail Magrão. “E, a partir do dia 1° agora (sexta-feira), algumas lojas já nem voltam a abrir, alguns companheiros optaram em manter fechado”, ressaltou em entrevista ao GDia.
O movimento nesta primeira semana completa após a reabertura foi muito fraco. “Ainda mais hoje (quinta-feria, 30 de abril), com essa notícia da ponte que o Brasil vai manter fechado mais 30 dias as fronteiras terrestres”, disse o tradicional comerciante da região.
“Deu uma desanimada em alguns ali, mas a retomada é gradual né, vai ser bem lenta, bem sofrível mesmo, não tem nada mais”, comentou Magrão. “Vamos ver agora, começa a cair na real, questão de grana, de fluxo de caixa, pagamento de funcionário, aluguel… tudo isso aí”.
“Com essa grana que está vendendo não paga, vamos ver onde vai apertar esse nó”, completou Magrão. O comércio foi fechado no dia 20 de março, após o prefeito Chico Brasileiro declarar situação de emergência devido os primeiros casos confirmados de Coronoavírus em Foz do Iguaçu.
Ronildo Pimentel
GDia