Violência contra a mulher cresceu 30% este ano em Foz do Iguaçu

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Os casos de violência contra mulheres cresceram significativamente este ano em Foz do Iguaçu. Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp), mostram que de janeiro a junho foram registradas 3.032 ocorrências do tipo. No mesmo período de 2019 foram 2.330 casos. Os números revelam um aumento de 30% nas situações onde a vítima de agressões verbais e físicas é do sexo feminino.

De acordo com a Sesp, o levantamento abrange apenas mulheres com 18 anos ou mais. As situações de ameaça, injúria e lesão corporal são as principais causas de denúncias. Juntas, essas três categorias somam 55% do total de ocorrências. Os registros incluem ainda casos de furto qualificado e simples, estelionato, roubo, dano, perturbação de tranquilidade, difamação, dentre outros. 

Além das diversas formas de violência, Foz também contabiliza duas situações de feminicídio em 2020. Um dos casos foi registrado em março, na região do bairro Porto Meira. Uma jovem, de 25 anos, foi morta pelo companheiro durante uma discussão na residência do casal. Valdineia de Souza Sanches estava grávida. Segundo a polícia, o marido confessou o crime e disse ter atirado duas vezes contra a companheira. 

O segundo caso de violência que resultou em morte ocorreu em agosto e é bastante semelhante ao primeiro. Maria Martins, de 22 anos, foi morta a pauladas pelo namorado. O crime foi registrado no interior da Ocupação Bubas. A vítima, assim como a primeira, estava grávida. Em ambas as situações os bebês morreram. 

Conforme a Polícia Civil, o que chama a atenção no último crime é que a vítima já havia sido agredida em ocasiões anteriores e chegou a registrar boletins de ocorrência contra o suspeito. Ela, porém, acabou voltando atrás e pediu para retirar a queixa. Dias antes de ser morta, a jovem Maria procurou novamente a Delegacia da Mulher e pediu medidas protetivas contra o companheiro. O inquérito estava em andamento. 

Feminicídio, para quem ainda não se familiarizou ao termo, é o homicídio cometido contra mulheres que é motivado por violência doméstica ou discriminação de gênero. O crime é considerado hediondo (ato de extrema gravidade) e tem pena que varia de 12 a 30 anos de reclusão. 

Rede de proteção 

Em Foz existem cinco equipes que atuam na Patrulha Maria da Penha. Além do trabalho de campo, há ainda o Centro de Referência de Atendimento a Mulher em Situação de Violência (CRAM), que tem uma equipe composta por psicóloga, assistente social e advogada que prestam atendimentos e orientações referentes aos direitos da mulher. 

É possível buscar ajuda ou solicitar informações através dos telefones: (45) 3521-2150/Delegacia da Mulher, (45) 98401-6287/ Patrulha Maria da Penha, (45) 5526-8857/ CRAM, 180/Disque Denúncia, 153/Guarda Municipal, e 190/Polícia Militar. 

Por: GDia

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