Violência contra mulher aumentou 38% em Foz do Iguaçu no último quadrimestre

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Foto: AEN

Dados oficiais obtidos pelo GDIA revelam que a violência contra a mulher tem aumentado em Foz do Iguaçu. De janeiro a maio de 2020, a cidade registrou um aumento de 38% em relação ao mesmo período do ano passado.

O relatório elaborado pela Secretaria de Segurança a pedido do Gabinete de Gestão Integrada pretende mensurar o quantitativo de ocorrências envolvendo violência contra mulher.

De acordo com o relatório, no primeiro quadrimestre de 2019 foram registradas 1.556 ocorrências criminais cujas vítimas são mulheres. Em 2020 esse número subiu para 2.148, um aumento de 38%.

No mês de janeiro de 2020 foram registradas 672 ocorrências e em fevereiro 638. Em março 518 ocorrências e em abril apenas 320. Por esses dados pode-se concluir que a quarentena em Foz não influenciou o número de ocorrências. Pelo contrário, em abril do ano passado foram 378 ocorrências, 58 a mais que neste ano. No país os números diferem muito. 

Entre os tipos de violência, as ameaças aparecem em destaque. Foram 615 no primeiro quadrimestre de 2020, seguida por injúria (293), violência doméstica e familiar (282), lesão corporal (147), vias de fato (106), difamação (67) e calúnia (44). Os gráficos mostram que ocorreram 56 descumprimentos de medidas protetivas, 25 violações de domicílio e 8 estupros ou atentados violentos ao pudor. Também foram registrados cinco incêndios e quatro importunações sexuais.

Domingo violento

O relatório mostra ainda que é nos domingos que o bicho pega, quando ocorre o maior número de ocorrências. Em 2019 foram registrados 147 atos de violência aos domingos e em 2020 subiu para 165 durante o primeiro quadrimestre. Nos demais dias da semana os números giram em torno de 100.

Mapa da violência 

O Mapa da Violência divulgado todos os anos no Brasil revela que uma em cada três mulheres sofreram algum tipo de violência no último ano. Só de agressões físicas, o número é alarmante: 503 mulheres brasileiras são vítimas a cada hora.

 Pesquisa da Folha de São Paulo revela que “entre as mulheres que sofreram violência, 52% se calaram. Apenas 11% procuraram uma delegacia da mulher e 13% preferiram o auxílio da família. E o agressor, na maior parte das vezes, é um conhecido (61% dos casos).

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