Violência e contrabando obrigam Paraguai intensificar controle no rio Paraná, na região de Foz do Iguaçu

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Foto: Arquivo GDia

Com o fechamento da Ponte da Amizade, houve um aumento significativa do contrabando na fronteira por meio de pequenos barcos que atravessam o rio Paraná na região de Foz do Iguaçu.

Todos os dias são apreendidas embarcações e mercadorias contrabandeadas. Do Brasil para o Paraguai são enviados produtos comestíveis. Do Paraguai os contrabandistas trazem ao Brasil, eletrônicos, celulares, armas e drogas.

Quando anoitece o vai e vem de pequenas embarcações é muito grande. As forças policiais dos dois países procuram reduzir o contrabando, mas a fronteira é muito grande e os criminosos contam com estruturas modernas para driblar a fiscalização.

Na semana passada foi registrado um grande tiroteio entre marinheiros de Ciudad del Este e contrabandistas. Como resultado, um marinheiro morreu no confronto. O comandante da Armada Nacional em Alto Paraná, Walter Dias, determinou forte repressão que fugiu do controle. Diversos moradores sofreram torturas que foram denunciadas ao Ministério Público. O comandante foi afastado.

Para reduzir a violência na fronteira, a Armada Naval do país vizinho intensificou a fiscalização e repressão utilizando embarcações equipadas com armas potentes e até helicópteros para conter o contrabando, o narcotráfico e a passagem ilegais de pessoas.

O novo comandante da Área Naval de Ciudad del Este, Nivio Christian Rotela, disse que a determinação é utilizar todos os meios possíveis e legais para reduzir o contrabando. “Os crimes aumentaram muito e nós temos ordem para agir e evitar o contrabando e o tráfico”, disse Rotela, à rádio FM 1080.

Maconha na ilha

Como parte do aumento da fiscalização, a Armada Nacional apreendeu, neste final de semana, 300 quilos de maconha nas margens do rio Paraná, próximo à ilha de Acaray.

A droga estava em uma embarcação, abandonada pelos traficantes que já estava afundando no rio. Os marinheiros conseguiram evitar que o barco afundasse e apreenderam a droga. Eram 300 quilos, embalados em pacotes de plástico verdes e pretos, com fitas transparentes. A droga viria para o Brasil.

Crise econômica

O aumento do contrabando é atribuído a crise econômica que assola Ciudad del Este após o fechamento das fronteiras para evitar a propagação do novo coronavírus.

Na tentativa de amenizar a crise, Brasil e Paraguai estão em conversas permanentes para a instalação de centrais de logística para realizar operações comerciais visando reativar a economia das cidades de fronteira.

A proposta já foi submetida aos governos dos dois países durante reunião em Ciudad del Este que contou com a presença dos ministros das Finanças e da Saúde e os vice-ministros de Comércio e de Fiscalização. Os paraguaios aguardam a decisão de autoridades brasileiras para implantar o sistema delivery internacional.

Por: GDia

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