Os brigadistas têm aulas teóricas e práticas aplicadas por instrutores do Deppen-PR, com enfoque no suporte às pessoas com restrição de mobilidade
A Prefeitura de Londrina iniciou a formação de novas turmas da Brigada de Incêndio nesta terça-feira (25). Ao todo, 71 servidores de diversas secretarias e órgãos municipais participam do curso, organizado pela Secretaria Municipal de Recursos Humanos (SMRH). E nesta edição, o enfoque está sendo no suporte e apoio que deve ser prestado às Pessoas com Deficiência (PCDs) ou que possuem restrição de mobilidade.
Após as aulas teóricas e práticas, o grupo de brigadistas terá condições de tomar ações preventivas e de combate a incêndio em seus ambientes de trabalho, além de prestar os primeiros socorros até a chegada do serviço especializado. A formação anual da Brigada de Incêndio é prevista na Norma de Procedimento Técnico nº 17 (NPT 017) do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná. E as medidas de prevenção de incêndio também constam na Norma Regulamentadora N° 23, ou NR-23, do Ministério do Trabalho e Emprego.
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Alguns dos brigadistas já haviam participado de formações anteriores, e outros estavam ali pela primeira vez. Dentre eles, o integrante da equipe pedagógica da Escola de Governo da Prefeitura, Silvio da Conceição.
Ele contou que a formação teórica, realizada pela manhã na sede do Corpo de Bombeiros de Cambé, trouxe informações teóricas e orientação sobre os diferentes equipamentos necessários para o combate a incêndio, principalmente extintores. “À tarde, fizemos atividades práticas com simulações de combate ao incêndio, em diferentes cenários, e primeiros socorros. Foi um curso muito realista, trouxe uma boa preparação. Participei pela primeira vez, e creio ser possível atuar em casos de emergência, até a chegada das equipes de suporte especializado”, comentou.
Os instrutores da formação em Combate a Incêndio e Primeiros Socorros, Alessandro Cidade Vieira e Rodnei Santos Oliveira, são do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (DEPEN). A simulação de incêndio é realizada nas dependências da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) III, no decorrer da tarde. Divididos em quatro turmas, os brigadistas que concluírem o curso, com aulas até sexta-feira (28), receberão certificado emitido pela Escola de Governo da Prefeitura.
A secretária municipal de Recursos Humanos, Julliana Faggion Bellusci, explicou que a Prefeitura iniciou no final de 2020 o planejamento para composição, formação e implantação da Brigada de Incêndio. “Recentemente, notamos a necessidade de aprimorar as capacitações com base na norma que atende pessoas com restrição de mobilidade. Nesse sentido, propusemos que todas as secretarias, especialmente aquelas que têm pessoas com deficiência nos locais de trabalho, indicassem servidores para compor as brigadas. E o treinamento prático está sendo feito em parceria com o Departamento Penitenciário do Estado, justamente pela expertise que eles possuem”, contou.
Com esse viés, o novo treinamento dos brigadistas faz um aprimoramento e reciclagem dos cursos anteriores, pois também leva em consideração o fato de que diversos setores da Prefeitura podem ter, em caso de incêndio e necessidade de evacuação, pessoas com mobilidade reduzida. “É preciso saber como lidar com essas situações. A parte prática do treinamento atual é baseada em simulações mais realísticas, com a expertise de um órgão que trabalha com confinamentos, o que pode fazer a diferença para o salvamento de vidas e sobretudo para saber lidar com casos de restrição de mobilidade”, destacou Bellusci.
De acordo com a diretora de Saúde Ocupacional da SMRH, Fernanda Morita, mais do que cumprir a legislação, a formação de novos brigadistas dentro dos órgãos municipais é de extrema importância para garantir a segurança dos servidores e, também, do patrimônio público. “Ao ter brigadistas treinados, a Prefeitura está mais bem preparada para prevenir e combater incêndios e outras situações de emergência, reduzindo riscos à vida e minimizando danos materiais”, contou.
Morita acrescentou que a Brigada de Incêndio é também uma forma de empoderar os servidores. “O curso capacita esse servidores para agirem prontamente em situações de emergência até a chegada dos profissionais especializados, como os bombeiros. Isso pode fazer a diferença entre uma situação controlada e uma catástrofe”, ressaltou.
