Estabelecimentos querem garantir a alegria da multidão que irá invadir a capital no feriado, diz Fábio Aguayo
Os bares e restaurantes de Curitiba literalmente se “jogaram” na folia neste ano e querem fazer do Carnaval 2020 o melhor da história da capital. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), a ideia do setor é ocupar o espaço que um dia foi dos clubes sociais, que tradicionalmente realizavam bailes para sócios e público externo.
Hoje, no entanto, são poucos os clubes que mantém essa tradição. “O que estamos sentindo é que o comportamento do empresário mudou porque ele sentiu que a cidade tem ficado cheia nesses dias, com pessoas que não querem um agito como o de Salvador, São Paulo e principalmente Rio de Janeiro”, disse o presidente Fábio Aguayo, em entrevista ao Bem Paraná.
“Como tem uma multidão para ser alegre, os bares são uma boa pedida e aí ficou esse nicho aberto. Os clubes (sociais) estão em baixa e os bares perceberam isso”, complementa. Como exemplo disso, Aguayo cita o Taco El Pancho, localizado no bairro Batel, e o Taj Bar, estabelecimentos tradicionais de Curitiba e que neste ano resolveram investir em eventos de pré-Carnaval e durante o próprio Carnaval.
Esse ano, de acordo com ele, está bem diferenciada a movimentação para o Carnaval. “Dos últimos cinco anos para cá, principalmente de 2017 para cá, o Carnaval de Curitiba cresceu e nossa categoria está investindo, estimulando para pegar esse público. Quem investe nisso sabe que vai ter retorno”, afirma.
Boa expectativa
Na avaliação do presidente da Abrabar, o ano de 2020 será um dos melhores para a folia em Curitiba. “Se não é o melhor dessa década, é pelo menos para abrir a nova década com uma nova esperança de melhoria no nosso setor. Estão investindo porque querem ter essa euforia para ver se os negócios desenvolvem”.
Ao Bem Paraná, Aguayo disse que o público que participará dos eventos é uma mescla de curitibanos e pessoas que viajam para a cidade em busca de uma folia mais tranquila do que nos grandes centros carnavalescos.
“Pega muito curitibanos, pessoas que evitam transtorno de estrada e preferem ficar na cidade ou deixam para viajar antes ou depois do Carnaval”, afirma Aguayo. Que completa: “Também devemos receber mais de 150 mil pessoas de vários estados e até de fora do país”.
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