A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas cobrou da prefeitura uma fiscalização mais rigorosa dos entregadores de comidas e bebidas de Curitiba, os chamados iFoods. A intenção é que a mesma atenção dispensada aos motoristas de aplicativo, seja aplicada à atividade que vem crescendo sem qualquer controle.
“Nossa preocupação é com a qualidade dos alimentos e bebidas, que são preparados em garagens ou outros ambientes sem as menores condições higiênicas”, disse Fábio Aguayo, presidente da Abrabar. “É preciso um olhar mais atento sobre este tipo de atividade comercial, que pode por em risco a saúde dos consumidores”.
Os serviços de iFood tem ganhado cada vez mais espaço, aliado à publicidade fácil e barata da internet. O que a Abrabar sugere é que a Prefeitura organize um cadastro de entregadores e motocicletas, semelhante ao realizado com os motoristas de aplicativos da capital. “Quem não está cadastrado, ficará sujeito às penalizações do Código Brasileiro de Trânsito”, frisou.
Em relação aos motoristas de aplicativos, em Curitiba existem aproximadamente 30 mil pessoas operando a atividade. Todos fizeram o cadastro na Uerbanização de Curitiba (Urbs) e estará sujeitos a fiscalização, que teve início nesta segunda-feira (03), numa ação conjunta com a Superintendência de Trânsito (Setran).
Controle
Para a Abrabar, o cadastramento dos motociclistas que entregam alimentos e bebidas deve ser uma exigência legal. “Desta forma será possível conhecer quem são, quantos são e se trabalham em empresas legalmente constituídas. É necessário fazer um raio X desta atividade, urgentemente”, disse Aguayo.
Assim como os motoristas que utilizam aplicativos para contratar corridas, os entregadores de iFood que não se cadastrarem estarão sujeitos ao artigo 232 do Código Brasileiro de Trânsito, parágrafo VIII, que prevê o recolhimento do veículo ao pátio da Setran até que seja feita a regularização. Não existe atualmente um levantamento de quantas pessoas e veículos atuam nesta atividade atualmente em Curitiba.