Governo do Paraná volta atrás e libera serviço de delivery para restaurantes em shoppings centers

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Nova resolução do Govrerno do Paraná permite o serviço de delivery em restaurantes e lanchonetes de shoppings centers (Foto: Arquivo/Google)

Resolução é válida para 141 cidades que estão incluídas no decreto que impõem uma quarentena mais restritiva

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) baixou nesta quinta-feira (09), a resolução 875/2020 modificando o decreto 4.942 de 30 de junho, com medidas rígidas no enfrentamento da emergência em saúde pública decorrente do Coronavírus (Covid-19). A mudança permite aos restaurantes e lanchonetes em shoppings centers, centros e galerias comerciais, atuar com delivery (entrega de produtos em domicílio).

No início da semana, os fiscais da Prefeitura de Curitiba fecharam quatro shoppings centers da capital, após denúncia de que no interior dos estabelecimentos haviam empresas atuando, contrariando decretos estadual e municipal. As sanções com multas de até R$ 4 mil, que tiveram como alvo os shoppings Pátio Batel, Crystal, Mueller e ParkShoppingBarigui, provocaram a revolta de entidades representativas.

A nova medida representa um alento para o setor de gastronomia. Ela 141 cidades que estão incluídas no decreto que impõem uma quarentena mais restritiva no Paraná.  “Gostaríamos de agradecer a sensibilidade do secretário Beto Preto e do governador Ratinho Junior, por dar esta isonomia aos estabelecimentos dentro dos shoppings”, disse Fábio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar).

O sistema de delivery não é o ideal e não vai salvar as contas, afirma. “Mas, pelo menos, vai dar uma chance do empresário girar seu caixa e também não ter o desperdício de alimentos”, disse Aguayo. A Abrabar, junto com o Sindicato dos Lojistas do Comércio Estabelecidos em Shopping Centers de Curitiba (SindiShopping), fez manifesto conjunto contra o fechamento dos estabelecimentos. 

Atuação conjunta

O presidente destacou o trabalho conjunto com o SindiShoppings e sua presidente, Carolina Assis, no sentido de pedir a revisão do decreto estadual. “Temos que trabalhar juntos, não só o nosso setor de gastronomia e de rua, mas também dentro dos shoppings centers, com os sindicatos lojistas”, disse Aguayo. 

“O momento agora é da gente sensibilizar o poder público e o quanto antes terminar esta quarentena e para ela não ser renovada para 21 dias”.  Este é o desejo de todos os empresários, “que possam trabalhar em paz, pelo menos para salvar os empregos, as empresas e a sanidade mental de todos nós”. 

Aguayo lembra que muitos dos colegas, infelizmente, estão partindo por não aguentar a pressão. No início do mês três empresários do setor morreram durante a pandemia.

Contexto

Os restaurantes e lanchonetes abrangidos na Resolução ficam autorizados a atender apenas por meio de entrega de produtos em domicílio (delivery). Somente estão autorizados a adentrar nestes estabelecimentos os funcionários ou responsáveis pelo serviço de entrega dos alimentos. Ficam vedadas as demais modalidades de comercialização de alimentos, como a retirada expressa sem desembarque (drive thru) e a retirada em balcão (take away).

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