População de onças-pintadas cresce no Parque Nacional do Iguaçu

Mamãe India foi capturada pelas câmeras fotográficas do projeto Onça do Iguaçu
Mamãe India foi capturada pelas câmeras fotográficas do projeto Onça do Iguaçu

A comprovação do nascimento de mais três onças-pintadas no Parque Nacional do Iguaçu deixou a equipe do Projeto Onça do Iguaçu eufórica. “Temos três novos filhotões de onças-pintadas”, exclamou a bióloga Yara Barros, coordenadora do projeto.

A equipe faz o monitoramento permanente dos felinos no parque e suspeitava que duas pintadas haviam parido. Mas faltava a confirmação, que veio agora com as imagens e vídeos obtidos pelas câmeras fotográficas instaladas no interior da reserva.

A surpresa foi maior: ao invés de duas, foram três novas oncinhas. Oncinhas é o modo de dizer, porque elas já estão grandes, com mais de sete meses, na avaliação da equipe deste maravilhoso projeto.

Em dezembro de 2019, as câmeras já haviam flagrado a pintada Cacira. Ela estava com a pele do abdômen muito flácida, aparentando ter parido recentemente. “Agora conseguimos finalmente as imagens. Ela pariu dois filhotes”, disse Yara Barros em vídeo postado no facebook do projeto.

E equipe do projeto fez os cálculos e constatou que os filhotes de Cacira devem ter cerca de sete meses, mas ainda não conseguiram descobrir o sexo deles.

Já o outro filhote é da mamãe Índia, uma fêmea muito bonita que levou o nome dos primeiros habitantes da selva. Seu filho é macho e deve ter entre oito e nove meses. “Estamos muito felizes com o sucesso da reprodução. Esperamos que eles possam crescer em segurança”, diz Yara.

Quando as câmeras captaram as imagens de Índia, o coração da equipe bateu mais forte. “Ficamos bem preocupados, pois registramos uma fêmea prenha e depois ela sumiu. Houve uma preocupação, pois ela poderia ter se deslocado, mas também poderia ter sido morta. Quando vimos o filhote, foi uma alegria imensa”, contou Yara Barros.

De acordo com a coordenadora, as pintadas podem ter de um a quatro filhotes em cada cria, mas o normal é um ou dois, como ocorreu com Cacira e com Índia. A coordenadora diz que os filhos permanecem com a mãe por aproximadamente dois anos, quando aprendem a viver por conta própria e buscam seu território.

Ajude escolher os nomes dos filhotes

Para envolver a comunidade no objetivo do projeto Onças do Iguaçu em preservar a espécie, a equipe lança campanhas na internet para escolher os nomes dos novos habitantes do parque.

Não será diferente com os novos filhotes. Os internautas já podem escolher entre Cacique ou Mitacoré o nome do filhote de Cacira. Os outros será preciso aguardar a identificação do sexo.

Yara Barros já torce pelo nome de Mitacoré, que significa “o filho esperado”. Ela diz que o envolvimento do público é importante para preservar a espécie.  “As pessoas deixam de ser expectadores e participam efetivamente do processo, passando a protege-las”.

Por: GDia


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